segunda-feira, 11 de novembro de 2013

If you have a minute why don't we go?

Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything so,
Why don't we go.. Somewhere only we know.
(Keane)


E essa semana eu só consigo pensar em como passar a mão no peito esquerdo da Julieta na cidade de Verona na Itália é tiro e queda para o amor. Pode parecer besteira ou bobagem, mas deu certo e comigo isso é tão raro que é ainda mais lindo.




Me in love. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Eu sou neguinha sou neguinhaaa




Não sei em que ano foi, eu ainda estava no ensino médio, que fiz em uma das melhores escolas da cidade do Rio, apesar de morar em um dos bairros mais pobres, porque eu sempre fui aplicada e pedi aos meus pais para entrar em um cursinho pré-técnico/escola militar quando eu tinha 14 anos, com direito a desenho de quanto eles iam economizar pra vida se me deixassem fazer o curso (cara, eles nunca mais pagaram escola!). Tanto fiz que fiz o cursinho em Madureira, todo dia, sem almoçar, voltando sozinha pra casa de onibus - uma liberdade absurda pro que era minha vida antes (casa >  escola > cursinho de ingles > nataçao > casa) e passei para um dos lugares mais importantes da minha vida (Federal de Química, atual IFRJ, eterna Cefeteq). Enfim, voltando, nesse ano, acho que eu estava no meu segundo ano e começaram a falar em cotas raciais... Eu era contra, como toda pessoa que acredita no mérito. Como assim um negro, só pela cor poderia levar vantagem no vestibular? Justo no vestibular? Aquilo que atormenta qualquer estudante do Brasil! Foi então que uma pessoa sentou ao meu lado no metro, e como eu gostaria de saber quem ele era.. Não me lembro do nome, mal me lembro do rosto ou do jeito, mas era bem tranquilo e simpático. Não sou nada falante em transportes públicos, mas ele puxou assunto e me perguntou o que eu achava das cotas... Respondi, talvez mais pela curiosidade de falar e saber mais disso. Respondi com todo o texto formatado que eu sabia e que todos os meus amigos e seus pais e seus amigos falariam e disse que não sabia direito, mas achava que era contra. E quando eu me calei, talvez animado por eu não ter dito não de cara, ele começou a falar, a me indagar se eu achava que o racismo ainda acontecia no Brasil. E não sei em qual momento no meio da conversa uma ficha pesada caiu em cima da minha cabeça. "Meus Deus, será possível ser  discriminado/ diminuído/ maltratado/ marginalizado somente pela cor que tenho?" E veio um pensamento ainda mais feio e abominável. "Até um negro rico sofrerá preconceito em algum momento da sua vida e eu com minha pele parda, com minha morenice de sol de praia posso ser discriminada também por ser eu".... Pelo conjunto maravilhoso de genes que fazem de mim o que eu sou. A gente vê o racismo na ponta da língua das pessoas, num comentário de um primo, na visão limitada de uma avó, mas ninguém lembra a gente que a gente pensa dessa forma. Que é isso que os livros de história ensinam, que pensamos assim, que o racismo está na cultura do "negro pobre" e no medo que a gente sente do homem humilde quando ele vem na nossa direção na rua e que pode ser um trabalhador como um homem qualquer. E toda essa comoção não trouxe/traz mais racismo do que o que já existe na nossa sociedade, cota não é sinônimo disso... OK, que é um método paliativo e o ideal era o respeito mútuo pro verde, amarelo ou negro, mas a gente sabe que culturalmente é impossível mudar isso. A pessoa que despertou em mim esse sentimento se despediu dizendo que talvez eu fosse muito nova para perceber como a vida pode ser dura com o outro e que achava que um dia eu ia ser capaz de levar esse pensamento adiante e propagar a reflexão, quando eu perguntei que ele era, descobri que ele era um historiador. Em nenhum momento ele tentou impor sua opinião, ele mal falava do que ele pensava. Só sendo negro para entender o que deve ser subjugado somente pela cor, talvez só assim para entender como deve ser saber que seus antepassados morreram sem motivo algum e foram abusados e explorados pela sua cor de pele. E não tem hipocrisia maior no Brasil do que não ser negro. Somos uma das maiores misturebas do mundo e eu não ia querer ser outra coisa.

A vida tem dessas coisas, tem desses momentos em que inesperadamente você conhece alguém ou conversa coim alguém e passa a ver o mundo inteiro com outros olhos... Desde então, tento nunca fechar os meus olhos e meus ouvidos às mudanças do mundo e principalmente para apobreza e descaso que faz parte da vida de muita gente, no mundo mas também aqui perto de casa, nas favelas que tem perto de onde eu moro. E eu juro solenemente não virar uma pessoa intransigente e limitada nessa vida e de vez em quando eu tenho que falar isso de novo para não esquecer nunca.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bola de meia, bola de gude




Guardo uma caixa, com mensagens, bilhetes, cartões e mais um monte de coisas que lembram os bons momentos que vivi, dos ingressos de todos os shows da vida até boletins e carteirinhas de escola. Sempre me enche de alegria ver as mil demonstrações de carinho, cartões postais, trechos de poemas... E hoje eis que eu acho uma música que a minha turma da 6a série fez. hahahahaha Eu rio só de lembrar de como a vida era feliz naquela época! No meu ensino médio fiz teatro como atividade complementar e recitei um poema escrito pelo professor Eduardo, não sei de que infelizmente. E fui tão feliz nessa empreitada. Acho que se um dia eu deprimir (o que ocorre na normalidade da vida) eu nunca vou tomar nenhum tarja preta enquanto eu tiver esse baú de lembranças. Um canto onde eu tenho todo o carinho do mundo. Todo o carinho de todos os amigos que passaram na minha vida nesses anos. Amor de graça.

AUGE ÁGIL

Como um choque que energiza o corpo
todo, dos pés ao céu da boca.

Inteiro, suave, elétrico.

Como o fruto vermelho que se come
nos contos de fantasia
e transubstancia,
transmetamorfoseia,
o conteúdo da veia
em mel, riacho,
nuvens do céu.

Como um ciclo
que não faz um círculo
embora gire, torne, volte
e desencadeie.

Eduardo.

domingo, 14 de julho de 2013

Don't stop believing

Hold on to this feeling Street light people (Glee Cast)

É muito difícil explicar como seriados tem um impacto na minha vida. Foram eles que me motivaram a fazer um monte de coisas, desde insistir em colocar TV paga aqui em casa, quando eu era uma pirralha, a ir para os EUA para trabalhar em um intercâmbio. Poucas coisas me deram mais confiança do que parar de usar as legendas e entender tudo dos seriados. Pensando bem, minha vida pode ter sido levada como um grande seriado americano, antes era High School (own Glee, Dawson's Creek e Gilmore Girls), depois foi College ( Glee, House), depois ficou gente grande (The Big Bang Theory e HIMYM), mas sempre foi meio aterrorizante (Charmed, Supernatural). Por essas e por outras eu acabo amando ou odiando certos personagens e por esse amor a gente grava cenas e impressões para sempre. Como a primeira vez que o Finn Hudson (Cory Monteith) apareceu cantando no chuveiro em Glee e mais recentemente quando ele bateu no carinha que estava enganando a Rachel. Foram 4 anos torcendo por esse casal FinChel, shipping hard e hoje o dia ficou bem mais sem graça quando eu soube que ele morreu. AH a maldição do domingo de manhã, dos mamonas a tantos outros... Uma pena, uma perda, uma dorzinha no peito. E pobre Rachel Berry, Lea Michele na vida real, sua noiva... Eles se casariam em 2 semanas (!!!), não consigo imaginar a dor dessa atriz meio chatinha e de voz absurda que eu adoro. RIP CM/FH. Ai, me pergunto se vai ser possível continuar acompanhando Glee... Vão arrumar um amor para salvar a Rachel da dor? Vão mandar o Finn para a China? Vão matar o Finn? TODAS as opções são tristes demais.

E sim, loser me por postar sobre isso. Flush me.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

States don't mean a thing if you don't regret them

so pack your tac tic toes for the winter (The greatest view - Silverchair)

E daí que a menina se pega fazendo contas e fazendo de conta que o tempo não passou tão rápido. Afinal, ontem ela era uma menina feliz por ter comprado o seu segundo CD de verdade, de uma banda de um loirinho lindo e grunge. Uma menina que sabia que seu mundo mudava, mas que ainda não queria mudar tudo. Uma menina que abria os olhos para um mundo novo e mal sabia o que o ano de 2002 lhe reservaria. Uma menina que ouvia Miss You Love e só conseguia pensar no glitter na sombra do loirinho lindo e grunge, Daniel Johns (na época namorado da Natalie Imbruglia de Torn e figurinha fácil da Capricho que a menina assinava). Uma menina que via Malhação e que colecionava boas músicas de lá, tipo essa e uma tal de Scar Tissue. Uma menina que queria ter ido no dia 21 do Rock in Rio um ano antes (para também ter com o Anthony Kieds do Red Hot Chili Peppers ao vivo), mas foi ver a Britney Spears. Uma menina que dormia ouvindo Diorama do Silverchair ou Californication/By the way do Red Hot Chili Peppers e sonhava com os mil sonhos que viria a realizar. 

Hoje ela, no nervosismo da vida, tenta recuperar essa menina feliz dentro de si e resolve dormir ouvindo Diorama novamente. E por todos esses anos ela se pergunta quando a música deu lugar ao silêncio se eles nunca sairam de sua playlist. Onde foi que a menina parou de ouvir? E por todos esses anos ela ainda se arrepia com os primeiros acordes daquelas músicas, porque elas fazem parte dela também, dos sonhos que ela teve e tem.

Tempo, tempo, tempo, tempo.... Por que ela não pode voltar? Por que ninguém pode voltar? Se eu pudesse escolher com o que sonhar essa noite voltava.





segunda-feira, 17 de junho de 2013

Você precisa de alguém que te dê segurança




Meu coração está pesado. Estranho estar cheio de alguma coisa que é uma idéia e não se é real. Eu nunca soube muito bem onde é a linha entre a amizade e o amor, quando é melhor esquecer. Acho que não sei parar. Não sei aceitar e parar de tentar fazer alguma coisa que funciona muito bem como amizade virar algo mais.. Eu sei que essa sou eu tentando colocar o que não se explica em caixinhas... Ou tentando entender como algo que parece tão "meant to be" fica só no ar. Sufoca-me às vezes e me deixa triste do nada. Outro dia escrevi na to-do-list do celular "Parar de entristecer à toa". Mas eu não consigo. Eu entristeço. E
 se eu recebo um abraço e um cafuné então, me mata...


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante e a primeira vez é a última chance




Às vezes sinto-me a antítese em pessoa, das manhãs bem disposta e feliz ao fim de noite me arrastando pelos cômodos da casa. Um dia riram quando eu disse que tinha o espírito loser em mim. Eu não falava de perdedor, porque isso eu sei que não sou, eu comentava da solidão. Posso ser o ser mais animado e o mais preguiçoso do universo em um intervalo de horas. E amo e odeio, uso e jogo fora de um tudo em minutos. Vou analisar e se me der a menor dor de cabeça eu deixo num canto, só se salva o que faz o meu coração vibrar. Não é nem bater, era para ser mais do que isso. Eu gostaria de saber extravasar isso e passar todo o meu sentimento através das palavras que digo, mensagens que envio, emails que respondo... Queria me conectar por uma rede invisível aos corações que me contem e saber qual a força do sentimento. Em uma tentativa vã de medir a pura utilidade do que se passa pro futuro mal desenhado que tenho a minha frente. Sou um ser imperfeito. E sou uma amante car... capenga. Tenho sérios problemas em acreditar nos elogios, não compro fácil as palavras, não entendo sentimentos e nem seguro petecas... Idade emocional de uma velhinha e um medo de uma criancinha. Ações me deixariam mais feliz... Ajo por impulso e abuso do que menos gosto em mim, um pouco do meu orgulho idiota por saber de tudo demais quando não é importante, quando ninguém se importa. Àquele que em algum momento me convenceu que palavras, textos e quietude era melhor que gritos, agarrões e lágrimas, um brinde.


Estou bem, não estou sofrendo de amor. Na verdade procuro um amor. Não sei se encontrei um amor. A cara da amizade do amor me assusta e muito. 


beijo*

segunda-feira, 18 de março de 2013

You and me baby ain't nothing but mammals

So let's do just like they do on the Discovery channel


A vida anda uma loucura, ando sem tempo para respirar, sem tempo para pensar demais (o que é bom). Mas estou tão feliz e de graça. Acho que é uma forma de ver a vida essa coisa de felicidade. É tipo ajustar o foco para conseguir ver a imagem verdadeira.

:)

 
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