tag:blogger.com,1999:blog-72650509641340734922024-03-14T01:56:03.693-03:00Blueberry loverescrevo sempre porque não quero esquecer nuncaPattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.comBlogger212125tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-83362574685244231552022-05-15T21:36:00.015-03:002022-05-18T00:35:10.881-03:00dthang kit dthang fan - cada caminho um sonho diferente<p> O curioso caso da pessoa que quer escrever uma coisa, mas não cabe no Twitter ou no Instagram e está aqui. O bom filho sempre a casa torna? Eu não sei, só sei que estive aqui há 1 ano atrás exatamente e que isso é muito louco. Como anda a vida? Para variar boa, posdoc fluindo, aulas mil, reencontrando os amigos, ansiosa, manca, anêmica, capenga, mas sorridente e viciada em doramas tailandeses onde homens se pegam. Me recuperando de um amor que deu quase certo. Celular, RioCard e óculos perdidos na mesma semana. Com 3 sobrinhos agora, sendo que Luiza nasceu no mesmo dia que minha mãe fez uma cirurgia para retirar uma massa do intestino, benigna. Talvez isso explique as coisas perdidas e a tensão que ainda não baixou e a pele malcuidada. Bem, mas não foi isso que vim escrever aqui.</p><p>Hoje encontrei meu melhor amigo, sou sua madrinha de casamento e companhia inseparável há mais de 25 anos. E ele me disse que apanhou por ser gay na escola, na nossa escola!!! E de pessoas que estudavam com a gente!!! Meninos que ok, não eram meus amigos e nesse último ano a gente não era da mesma turma, mas que eram populares no colégio de freira que a gente estudava. Que dor, que vontade de dar um soco neles. Se cruzarem o meu caminho vão levar uma dura, um tapa, um cuspe, um sermão, uma encarada... Talvez. O mundo é bão Sebastião, mas nem sempre. Tem dias que ele é essa merda aí toda que nem terapia cura, que nos leva às lágrimas. E lembrando da nossa escola pensamos em escrever um livro contando como nossa infância foi fudida, como ele apanhou e foi maltratado pelos colegas, uma amiga teve sua virgindade tema de aposta pelos amigos da irmã de outra amiga nossa, uma amiga pegou o namorado com outra menina da escola e foi atropelada ao sair correndo (ficou bem, mas o surto), outra engravidou e foi hostilizada pela freira alemã, as malditas flores no dia do aniversário de 15 anos como ritual, bullying, a professora contando pro pai da sexualidade de outra amiga e ela sendo expulsa de casa, blog com senha contando segredos, amiga tomando remédio para emagrecer da mãe e me ligando querendo pular da janela, filho de professor que assediava as colegas, professor que assediava alunas, saias 3 dedos abaixo do joelho, uma menina que se suicidou com a arma do pai... e por ai vai, eu fofa sempre vivendo na minha cabeça, mas eu sei disso tudo. Para onde vão as coisas dentro da nossa mente? Em que caixas guardamos nossas dores e esses absurdos? A gente tinha 14~16 anos! Hoje eu abri algumas caixas e criei mais uma. Um colégio de freiras franciscanas. "Como não fazer terapia?" "Como a gente sobreviveu?" "A gente era demais." "Eu te amo, amigo." Mudamos de escola no Ensino Médio e a realidade foi outra, uma das melhores decisões que tomei, que tomamos. Eu olho esses seriados.. Elite, Glee, sei lá, essas séries de escola e penso cara, isso não é nada perto do que foi a nossa escola. Como eu pude esquecer disso?</p><p>Em tempo, há alguns anos atrás eu fiz um curso/tirei uma certificação de ensino em língua inglesa e fui MTO participativa, porque me senti confortável e porque como venho da área acadêmica, o curso era muito fácil para mim, mesmo que se equipare com mestrado em letras. Eu sempre tinha uma pergunta para fazer, e o prof/coordenador começou a fazer "Patricia, shhh, listen!" antes mesmo de eu começar a falar ou ao que eu levantasse minha mão para fazer uma pergunta. Eu, como boa atentada comecei a contar as vezes que ele fazia isso, e isso virou a alegria da minha turma. Um tempo depois, esse coordenador, hoje meu amigo, veio me pedir desculpas, dizendo que achava que eu era A, mas que na verdade eu era uma fofa. Eu fiquei tão sem graça. Eu contei isso para o meu amigo hoje e a reação dele foi a que espero dos meus, um belo "Pfffffff'". As minhas reações favoritas são a dele, a de Paula Jannuzzi "AAAAAAAHHHAHAHAHAHAH" e a de Fernanda Gouvea "ué, mas você é fofa Pati, nem sempre, mas é." Eu amo os meus amigos. </p><p><br /></p><p>Daqui a um ano eu volto.</p><p><br /></p><p><br /></p>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-20129419724125498682021-05-14T00:14:00.001-03:002021-05-14T00:23:45.272-03:00O mar serenou quando ela pisou na areia<p> Quem samba na beira do mar é sereia - Clara Nunes</p><p><br /></p><p>Ah o tempo não podia estar mais diferente. Frio, chove, quase 23:48 horas de uma sexta que na verdade é quinta esquisita. Dei aula, fui ao lab cuidas das minhas linhagens de células, fui ao dentista e casa. Almocei no Popeye's e senti falta do pãozinho do sul dos EUA, e a única coisa que se salvou foi o frango super apimentado. Peguei 2 ubers no dia, poderia ter sido só 1, mas falhei, e vim falando mal do governo com 1 deles, muito melhor do que discutir o trânsito. Sigo sem wifi porque a Vivo fibra consegue ser ótima e uma porcaria ao mesmo tempo. Comi o prato que está no top 3 das comidas de isolamemto e pandemia com apenas 5 ingredientes - sal, azeite, batata, cebola e salmão - com uma Coca quente apesar de ter ficado na geladeira. Troquei mensagens com os amigos porque descobri que 'stan somebody' é um verbo baseado na música da Dido e do Eminem, mandei pra eles a foto da tacinha de vinho, dancei e quebrei a taça, mandei "aqui jaz taça de vinho segunda de seu nome", decidi comprar outra e resistir ao anúncio de um lenço. Primeiro lenço que acho bonito na vida, mas resolvi esperar o cartão virar, naquela tentiva de montar a minha reserva de emergência. Parei e pensei por 5 segundos que faltam quase 3 meses para fazer 35 anos e que devo me preocupar com o rumo que a minha vida não está tomando. Lembrei da pandemia, que sigo meio vacinada 1 dose coronavac e que não me chamo Valéria como o centro de vacinação insiste em me chamar nos emails. Pensei também em twittar algo sobre isso ou o Gil do Vigor que amo, mas desisti porque uma pesquisadora da UFRJ começou a me seguir e bem, também sou uma pesquisadora, então dei RT na pesquisa datafolha com o Lula na frente ou algo do tipo. Depois, fui ver seriados no 5G do celular, mentira 4G. Doramas japoneses fofos e irreais são o meu escape. Como dormi apenas 3 horas noite passada por pura - pausa porque fechei essa janela e ufa o texto ficou salvo - falta de inteligência da minha parte, pensei em deitar mais cedo, ah a quebra da taça entra aqui na verdade, vinba pensando desde cedo em dormir mais cedo. E agora eu to deitada tentando me lembrar de algo que eu tinha que fazer, um site que eu tinha que olhar e que não anotei mesmo tendo notion, google agenda e planner semanal que não preenchi esse domingo. Agora há pouco passando raiva no twitter pensei que também tinha algo que eu queria dizer, mas não queria expor, e me pareceu uma boa idéia que agora é ideia vir aqui. Afinal, sigo sobrevivendo. Parabéns para mim e para nós.</p>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-84719425111629236752020-06-02T22:17:00.002-03:002020-06-02T22:17:38.649-03:00Rain on meTinha pandemia no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pandemia.<br />
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Uma parte de mim dá pulinhos por ter visto tanta coisa acontecer de tsunami a um vírus mortal espalhado pelo mundo. Uma parte minha está revoltada com política e as pessoas e a violência policial. Uma outra parte dorme o sono dos cansados em meio a tanta aula online, especialmente quando eu sou a professora. São muitas partes.<br />
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Aulas para dar, provas para corrigir, artigo para revisar, artigo para escrever, sangue para aliquotar, compras para lavar, ape para procurar, experimento para fazer, projeto para escrever - uma loucura só.<br />
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2020 o ano que nem começou, que não existe, será que vou conseguir colher algum fruto em você? Será que vou conseguir olhar pro futuro sem nenhuma tremidinha de medo?<br />
Não sei responder, mas sigo né.<br />
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Sigo em contato com muita gente linda, sigo crescendo e amadurecendo e mudando, sigo feliz pelas pessoas que mandaram uma palavra de carinho comigo nessa pandemia, sigo com fogo nos olhos e ao mesmo tempo sigo em paz comigo mesma.<br />
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Que tempos difíceis, de abraçar os nossos, de gritar contra injustiças, de nos educar e não nos dobrar frente ao absurdo.<br />
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Vai passar.<br />
Vou poder ver meus pais de novo (que estão isolados em outra cidade.<br />
Vou poder abraçar meu sobrinho (que me ignora demaaaais nas videocall) e minha irmã que não se contem ao me ver.<br />
Vou poder tomar um banho de mar e deitar na areia.<br />
Vou pipetar que saudade de cheirinho de lab.<br />
Vou beber uma cerveja no bar mais chinfrin que encontrar com os amigos.<br />
Vou rir e sorrir e nunca vou esquecer.<br />
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💙<br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-63119928834635900352019-09-23T23:46:00.000-03:002019-09-24T00:04:11.729-03:00So scared of getting olderI'm only good at being young - John Mayer<br />
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Vira e mexe (comecei meu ultimo posta da msm maneira e só vi agora que já postei - chocada) eu lembro desse blog aqui e de como eu sinto saudades de escrever mais, de ter tempo para escrever mais, e dessa vida que passou e passa tão rápido.<br />
Fiquei um tempão pensando em que título de música eu ia dar para esse post, fui ver o ano de início do blog "gente, 11 anos, tenho que usar uma música atual." "qual que eu coloco?" "bem, domingo tem Rock in Rio, alguma que eu vou ouvir lá, mas qual, Iris?" "Não, de novo não dá..." E sigo ainda sem saber o que colocar, daqui a pouco a ideia vem.<br />
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Provavelmente esse vai ser aqui post do ano, para eu contar o que mudou desde março do ano passado. Lá, eu estava dando aula, feliz, mas sobrecarregada. E sentindo que alguma coisa estava fora do lugar profissionalmente. Ah, mas se não está é pq vc está na balela da zona de conforto. Vou chamar de balela porque, não é simples assim, não é tão errado assim, e prefiro dizer que o que vc deve fazer é se desafiar e caminhar em direção a sua zona de desenvolvimento proximal - em algum momento esse blog ia ficar acadêmico, msm que essa parte venha da educação e não das ciências. O que me faltava era um lugar para exercer ciência, um laboratório, um projeto, um protocolo. Desde agosto do ano passado entrei em um novo lab e nesse segundo semestre, num mundo onde as bolsas estão acabando (por conta desse desgoverno), comecei um pos doutorado. Estou amando, nada como sair de um lab tóxico e ir para um lugar onde seu trabalho e seu conhecimento são valorizados. Nada como seu chamada de profa e ser mesmo, de poder tomar decisões. Continuo dando aula, na facul e no inglês. E de viagem fui ao Chile - Atacama e realizei o sonho de ir ao Salar. A Bolívia é mais bonita que o Chile e menos bonita que o Peru, mas todos bonitos. Meu sobrinho nasceu, Lucas e bem, sigo não querendo ter filhos. Não sei se já comentei isso aqui, sou muito egoísta talvez? Quero adotar uma criança no futuro, ou duas.<br />
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Fiz 33 anos e entendo perfeitamente quem tem uma crise existencial nessa idade. Parece que não há mais juventude, um dia vou rir ao ler isso eu sei. Mas é como se 32 ou 31 sejam perto de 20.... e 33 tá para 35, para bom conhecedor de algarismos significativos. Daqui em diante só a velhice.......... só o crescimento Patricia, crescimento, pronto a música do título finalmente vem a mente. E amo os meus alunos dizendo que tenho 25 e essa acne que veio como se meu corpo vestisse também a síndrome de Peter Pan, mas vai passar. Crescerei, amadurecerei. O pragmatismo vence. Sempre tive uma coisa dentro de mim, uma certeza de que tudo ia dar certo, um vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, um sensação de que se eu parasse um segundo ia estar perdendo uma eternidade. Vivi sempre assim no 220V. E achei que com os anos isso ia diminuir, o bichinho ia dormir, minha raposa de 9 caudas ia ficar quieta, mas não, essa sou eu, não sei ser de outro jeito. Olho hj para trás e vejo o tanto que eu fiz e sorrio largo. Olho nos olhos dos meus amigos, quase todos insatisfeitos com o rumo de suas vidas. Muitos no psicólogo, psiquiatra, coach... essa realidade me surpreende, não por não julgar necessário, mas por ver que aos 30 e poucos, poucos são aquilo que queriam ser, muitos estão perdidos. A vida adulta me trouxe uma consciencia muito forte do meu papel e da minha posição no mundo, não me calo, dizem que um dia eu vou apanhar na rua. Acho que se dissessem isso para meu eu de 16 anos ela não ia acreditar. Sinto que estou onde deveria estar e sinto tb que tenho decisões a tomar. Para onde vou de agora e diante? Viveu a vida como quis, seguiu vivendo. Sabia que não ia ser farmacêutica de profissão - dai o farmaceutiquinha, é professora. Fez td, ta no pós doc e agora vai ou fica? Ai, vai atrás da tal estabilidade financeira, esse treco que tem cara de monstro do pântano, e vida pacata. Isso não tem a minha cara. De resto, tudo bem, amigos são menos, mas bem, Dudu casou, muita gente
saindo do Brasil e eu ainda sem essa vontade... Acho que nos meus 28
anos quando eu fui pro doc eu tinha uma mínima vontade, hoje eu não sei
se topo largar tudo e começar do zero em outro país... meu eu de 34 anos
volta aqui para continuar essa conversa adulta. (Maurilio se chegar ate aqui e ler, o café ainda tá nas pendências de 2018).<br />
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E além disso comecei uma coisa que deveria ter começado HÁ MUITO TEMPO, estou estudando japonês e um pouco talvez muito viciada em doramas japoneses. Continuo com implicância em relação aquilo que não consigo entender... Estou fazendo o curso via Skype, e só consigo pensar em como eu não fiz isso antes! AMO. E pensando aqui em como eu vou pro Japão, queria passar 1 semestre lá, talvez vá 1 mês e volte.. não sei, pos doc internacional? Talvez, o que não vai rolar é turismo de 1 semana, me recuso $$$$ Enfim, uma pequena vitória. Chinês depois? Talvez. Muitos talvez.............. em um texto só. Muitas vidas em uma só.<br />
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Um grande texto, meio doido, bagunçado, da vida é muito curta para... 11 anos. 22 anos. 33 anos. Qualquer outra combinação não ia ser tão interessante! Que eu continue forte em meio a tempestade que vivemos, que eu continue cultivando bons amigos, que eu continue tendo muitas historias para contar.<br />
Volto num post drops qualquer hora, contando como quase botei fogo num prédio em Santiago, como perdi e recuperei meu celular pela n-ésima vez, como enfrentei nevasca e tempestade de areia no deserto, como parti meu coração de novo, como ainda é bom ler livros, como meus alunos me chamam de buda por ser tão calma, como preciso voltar para a academia, e etc etc etc.<br />
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Um beijo. <br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-19395387775296152002018-03-10T00:53:00.000-03:002018-03-10T01:06:32.634-03:00It's times like these you learn to live againOlar,<br />
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vira e mexe eu penso nesse bloguinho e nas coisas que eu escreveria se tivesse mais tempo, se ainda usasse computador para acessar a internet (porque hoje em dia só no celular). Então vou atualizar a minha vida aqui brevemente... Defendi o doutorado, virei colaboradora do meu laboratório e comecei a dar aula em uma faculdade na minha área - esse é o resumo da parte 1 da minha vida. Voltei a dar aulas de inglês, estou trabalhando na Cultura Inglesa (amo), fiz o teste de proficiência e passei com A e estou fazendo um curso para dar aula para não falantes internacionalmente - esse é o resumo da parte 2 da minha vida. As demais partes continuam morgando, ansiosas, preguiçosas, desajeitadas e viajantes (fui a Machu Picchu bem mochileirinha bebedora de chá de coca ano passado) como sempre. :D<br />
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Na aula do Trinity (curso da parte 2) o professor pediu para escrevermos algo fora do normal que fizemos.. escrevi que sabia falar espanhol porque nada veio a minha mente... resolvi listar aqui o que lembrei durante o dia rindo, afinal o objetivo desse blog é não esquecer das coisas.<br />
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<3 nbsp="" p="">- Quebrei 2 dentes da frente e uso uns de porcelana<br />
- Faço oficina de perna de pau e quebrei o braço ano passado<br />
- Quase dormi na rua em Boston e um brasileiro nos salvou<br />
- Levei spray de pimenta na cara assim que cheguei em Frankfurt<br />
- Comi e não paguei em um restaurante na Italia<br />
- O sistema de bicicletas de Paris bloqueou 300 euros da minha conta e fiquei sem dinheiro por 4 dias<br />
- O vagão de metro em que eu estava foi evacuado por ameaça de ataque bomba<br />
- Já nos perdemos em uma trilha em Ilha Grande e andamos por 4h sem luz para voltar pra trilha<br />
- Perdi o vôo e tive que pedir dinheiro emprestado para passar a noite na Argentina<br />
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Se eu lembrar de mais volto aqui ;p</3><br />
<3 nbsp="" p=""><br /></3>
<3 nbsp="" p=""><br /></3>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-58931977690610651562017-01-14T13:22:00.000-02:002017-01-14T13:25:02.759-02:00I'm a mother fucking starboy<br />
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E eis que vem chegando o verão, um calor no coração, essa magia colorida e 2017! Anos ímpares nas disparidades da vida sempre são mais positivos para mim. E esse ano começou mais tranquilo e menos corrido do que o ano anterior. Finalmente, posso dizer que vou terminar meu doutorado, defendi minha prévia dia 10/01 e surpreendentemente (sarcasm mode on) foi tranquilo, só o meu chefe achou que não seria! Como eu sei que estou no lugar errado...<br />
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Além disso, o ano veio trazendo empreguinhos lindíneos, vou voltar a dar aulas no curso de um amigo e na Cultura Inglesa (muita emoção, porque é uma das melhores empresas por aqui). Estou muito feliz e esse é o começo rumo aos concursos de professora pra Doutora aqui. Que seja apenas a retomada do caminho.<br />
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Decidi esse ano fazer um bullet journal, handmade. Isso pode ser um sério problema para virginianos, ter que fazer coisas a mão e sem errar, sem apagar, sem entortar... temos esse problema. Vou treinar no aperfeiçoamento da vida a capacidade de aceitar o erro. Isso é tão difícil para mim.<br />
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Em 2017 vale usar aquela frase batida de que vamos ser uma versão melhor de nós mesmos, tá liberado achar que vai dar tudo certo, ainda é janeiro bora botar umas metas no papel. Vai que elas acontecem? Vai que vem Chile, Londres ou sei lá romance? Vamos sonhar mais um pouquinho porque o ano velho foi level hard e merecemos umas poções revive e uns cheats.<br />
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Boas vibrações para este novo ano que se inicia.<br />
Se pá, me achem no instagram @beutybeepop <3 p=""><br />
Love,</3>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-76160421221489498232016-08-24T20:10:00.002-03:002016-08-24T20:10:14.212-03:00E as olimpíadas hein?<br />
Achei que seria o caos, lembro até de ter dito que seria assim para meus amigos fora do país, todos alarmados com a Zika, a crise, o golpe, a água suja e o monte de coisas que podiam dar errado. E as coisas não deram errado, na verdade foi um modesto sucesso e eu curti muito. Vou contar uns causos internacionais.<br />
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1. Mil gols (5x), só o Pelé, só o Pelé, Maradona cheirador<br />
Os argentinos em bandos tomaram conta da cidade e dos jogos e zuá-los fez parte diária da brincadeira. Eu sempre faço amizade com eles, e depois que eliminaram o Brasil no basquete fiquei cantando isso ai para todos os que eu via (o alcool ajudou na coragem e no espanhol) e eles riam (eu também chamava eles de incompetentes um pouquinho, porque tinham que ganhar da Espanha para nos salvar, mas perderam).<br />
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2. Conexão Brasil - França (ou se o mundo fosse justo eu teria essa pessoa por perto)<br />
Um amigo francês que fiz no carnaval e que estava morando em SP veio ao Rio e me acompanhou nos museus e em Santa Teresa no finzinho das Olimpíadas. Ele ficou maravilhado com as mudanças no porto da cidade e com o carioquês. É tão interessante ver uma pessoa de fora, que vive em SP, ter um carinho enorme pelo Rio.<br />
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3. Essa é a mistura do Brasil com o Egito<br />
Tenho um amigo egípcio que fiz na Califa ano passado e com as Olimpíadas ele decidiu que vem ao Brasil ano que vem, vai vir pro Rio no Carnaval 2017. Isso mostra de certa forma o alcance das olimpíadas por aí, como o Rio ficou exposto e eu nem acredito que as coisas não desandaram.<br />
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4. Felicitaciones desde Espanha<br />
Há 5 anos fui a Buenos Aires com a minha irmã e uma amiga e lá ficamos em um hostel (Hostel Suites Florida, muito bom) em um quarto misto com um espanhol - Mikel - que trabalhava em uma fazenda no interior da Espanha. Na época tiramos umas fotos e trocamos emails. Hoje vi que ele mandou um email semana passada nos felicitando pelas Olimpíadas. Fiquei de cara, a gente inserido no meio de tudo esquece como realmente tem gente em muitas partes do mundo vendo os jogos. Até estive em algumas partidas de basquete da Espanha, nunca ia imaginar falar com ele de novo.<br />
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:)Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-42696064900653229032016-07-17T00:02:00.002-03:002016-07-17T00:37:51.479-03:00But don't you know only fools are satifsfied?Dream on, but don't imagine they'll all come true - Vienna (Billy Joel)<br />
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Se tem uma coisa que eu percebi que sempre vou levar comigo e que muitas vezes mesmo que se passe muito tempo continua verdadeira é a amizade. É muito incrível rever as pessoas ou tentar reencaixar as pessoas na sua vida e lembrar que com elas você pode ser mais de você mesmo, uma versão menos pretensiosa, menos arrogante, menos enfeitada de você mesmo. Eu sou uma pessa extrovertida por natureza, mas ainda assim fechada nos meus relacionamentos e pensamentos, quando alguém abre a porta e eu convido a entrar é porque realmente gostaria de ter essa pessoa comigo sempre. Amigos, que beleza é a vida com eles por perto. Posso não ter dinheiro, mas sei que com eles terei alento.<br />
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Fora isso essa semana tive um ataque daqueles de ansiedade, reunião com um chefe/pessoa que eu não gosto, que me faz mal, que se eu pudesse não trabalhava mais com, mas que infelizmente ainda se faz presente e tem papel importante nos caminhos que tenho que trilhar esse ano. Estou quase bem, mas foi uma semana tensa. Eu devia beber uns litros de cerveja para superar.<br />
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Esses dias eu descobri 2 seriados bem como eu gosto - históricos, com um herói gato, mocinha forte, british rs - Outlander com sua pegada escocesa, e Poldark com um pensamento revolucionário de pano de fundo e como eu estudo silicose fica impossível não imaginar como a doença era parte da vida das pessoas nas minas ou como a peste dizimava vilarejos inteiros. Gostei tanto de Poldark que li 4 dos livros (de uma série de 12 cuja leitura eu dividi pela vida, lendo claro o final pq eu amo fazer isso). Pensando nisso resolvi listar em ordem aleatória meus romance favoritos de livros e/ou seriados, basicamente os casais que fizeram tanto na tv quanto nos livros com que eu seja esse serumaninho romantiquinho que eu sou e que tem o dedo podre e que não consegue nem apelar pros Tinder da vida..<br />
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1. Elizabeth e Mr Darcy de "Orgulho e Preconceito" da Jane Austen, minha autora favorita<br />
2. Joey/Dawson/Pacey em "Dawson's Creek" pq né, sou a 90's kid e foi isso que me fez querer tv a cabo em casa (provavelmente os primeiros culpados)<br />
3. Noah e Allie de "O diário de uma paixao", que homem senhores!!!!<br />
4. Margareth Hale e John Thornton de "North and South" que fala da revolução industrial e da vida difícil e pobre nas cidades modernas<br />
5. Poldark e Demelza da série Poldark de tv e de livros de Winston Graham, é uma história complexa, com personagens intensos e uma vida de cumplicidade, ainda mais que de amor entre os dois.<br />
6. Gilmore girls, todos os plots e principalmente Rory e Jess<br />
7. Rachel e Luke no livro da Marian Keyes "Férias", que trata de rehab e amor por uma pessoa doente<br />
8. Sassenach/Claire e James Fraser de Outlander, outro seriado que me fez considerar ler os livros, mas também são muitos. Impossível não amar os poemas, frases de escritos e cultura representados na série.<br />
9. Sam e Annie, mas na verdade Tom Hanks e Meg Ryan no auge e o Empire State que figurou tanto no meu imaginário que é um dos meus pontos turísticos favoritos da vida<br />
10. Celine e Jesse da trilogia "Antes de Amanhecer" e etc, Julie Delpy e Ethan Hawke passeando pela Europa reincarnam o relacionamento que eu queria ter um dia.<br />
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beijo em formato de coração <3 p=""></3>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-29183508402753672182016-06-27T15:40:00.000-03:002016-06-27T15:40:04.175-03:00You don't know my mindYou don't know my kind<br />
Dark necessities are part of my design - Red Hot Chili Peppers<br />
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Novo CD dos RHCP e a vida segue parecendo uma versão mais retocada do passado, como as mesmas pessoas repaginadas, os mesmos posts no face (que poderiam ser mensagens no orkut), os mesmos aniversários, o que muda sempre são os problemas, os dilemas, vem as crianças, as doenças e o tempo passa voando. Difícil acreditar que é quase julho, que eu ainda não defendi o meu doutorado e que eu sinto uma vontade enorme de jogar tudo para o alto como o meme da Noviça Rebelde e comprar passagens sem volta para qualquer canto. O meu sentimento de tenho que fazer tudo porque eu não tenho tempo deu lugar ao que mais eu vou fazer?<br />
Mas tudo bem, o ponto positivo é saber que nada é certo e finito o que é o mesmo que saber que virtualmente tudo é possível.<br />
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Um fim de semana de imersão em inglês com os amigos, de arraiás, futebol, GOT e de olhar para algumas coisas e sentir que cresceu para elas, como se aquela situação não te pertencesse mais porque você quase está na casa dos 3.0. Engraçado isso.<br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-36622194134771563742016-06-06T22:57:00.002-03:002016-06-06T23:08:35.769-03:00'Cause we're all lost starsTrying to light up the dark - Keira Knightley/ Adam Levine<br />
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Sempre que vejo os adultos eu sem querer os julgo. Eu me pergunto porque parecem tão infelizes, impacientes, fora do lugar. Eu claramente me esqueço que sou uma adulta. Isso é bem louco, eu sou uma adula. Não uma jovem, A-D-U-L-T-A. As pessoas vão parar de dizer "Ah, mas você é tão nova!". E com essa realização eu me pergunto quando eu fui verdadeiramente feliz, quando foi a última vez que eu senti que todos os pontos estavam nos devidos lugares e onde tudo descarrilhou... E me lembrei que deve ter sido na primeira morte, no primeiro funeral, no primeiro enterro, no primeiro choro dos meus pais, na primeira perda de verdade. Não na perda de uma oportunidade ou algo material, mas de uma vida, um amigo, um universo infinito. E concluo que é por isso que os adultos são o que são, infelizes, impacientes, fora do lugar. Deve ser porque sua alma tem cicatrizes, resultado das lutas e perdas, oposto ao Voldemort que dividia sua alma sempre que ele matava alguém, dividimos e perdemos um pouquinho da nossa alma quando um ente querido parte. Ainda sou uma alma jovem, nova, pouco machucada, quase inteira, mas já sinto essa dor.<br />
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xoxo<br />
PatriciaPattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-38132532491558591562016-06-02T23:40:00.001-03:002016-06-02T23:42:05.462-03:00Are you ready for a perfect storm?<br />
Once your mine there's no turning back - Dark Horse (Katy Perry)<br />
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E hoje ao invés de trabalhar (OK, não tinha muita coisa para fazer) o pessoal do lab ficou falando de astrologia, como boa cética eu sempre tive um problema com isso por ser uma virginiana bagunceira, mas ao mesmo tempo ser bem a mina crítica da turma. Não fazia sentido. Fiz o bendito mapa astral online (ah os tempos modernos!) e descobri que tenho ascendente em Áries! O signo que eu acho mais difícil de lidar, o líder, o agressivo... isso explica taaaanta coisa!<br />
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Achei no site <www .megastrologia.com=""> um texto tão legal sobre pessoas sol em Virgem e ascendente em Áries que eu até quero acreditar.</www><br />
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<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "tahoma" , sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.2px; text-align: justify;">Você é uma pessoa ativa, enérgica, cheia de iniciativa, ritmo e Boa vontade. Tem liderança e consegue ser espontâneo sempre que isso se faz necessário. Certamente não leva desaforos pra casa, ainda que se sinta frequentemente estranho quando está brigando pelos seus direitos. É porque uma parte sua reluta em dar a si mesmo o crédito merecido, existe uma forte tendência a auto-sabotagem devido a uma tendência de se lidar consigo mesmo e com seus defeitos com muita severidade. Outra questão diz respeito a forte tendência a dispersar suas energias com coisas pequenas e insignificantes. Pode levar tempo até você perceber que você é na verdade uma pessoa maior e mais merecedora de privilégios do que realmente pensa, e que não precisa se submeter a pouca coisa. Enquanto não conseguir isso, o sol em Virgem estando no sexto signo em relação ao ascendente, ao invés de permitir que você libere seu impulso ariano natural para a liderança, seu espírito empreendedor e a independência que lhe é natural, faz com que você fique perdendo seu tempo com picuinhas que não lhe dizem respeito, se estressando com coisas pequenas, gastando suas forças em algo que jamais lhe dará algum retorno significativo. É necessário perceber o quanto antes a perigosa propensão a sempre condenar a si mesmo a algo menor do que aquilo que você de fato é capaz de fazer ou conquistar. Você tem todo o potencial para vencer pois alia a iniciativa com a habilidade de se manter perseverante em um curso de ação mesmo quando ele se revela monótono em alguns momentos ou quando atravessa momentos de crise. É uma pessoa crítica e que empreende mudanças e reformas constantes, está sempre aprimorando o mundo ao seu redor e diante de uma falha ou problema, ao invés de apenas reclamar, normalmente age. A crítica tende apenas a se tornar um problema nos seus relacionamentos, a autocrítica um elemento que impede a expressão natural dando as vezes um ar mecânico ou “forçado” e são estes os elementos que melhor precisam ser trabalhados ao longo de sua vida.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "tahoma" , sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.2px; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "tahoma" , sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.2px; text-align: justify;">beijo do Mü de Áries e abraço do Shaka de Virgem (adoro!)</span>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-73104925438555998262016-05-31T15:49:00.002-03:002016-06-06T23:06:41.345-03:00Do you believe in what you see?Mothionlessly nothing is real - Zero 7<br />
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Decidi retomar o blog há alguns dias, espero fazer dele a minha terapia ou um lugar para me esconder da loucura que é o RJ.<br />
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Ontem voltei ao meu laboratório, a apresentação da minha tese de doutorado está quase terminada, falta passar pelo crivo de um professor, mas é uma angústia sem fim. Um momento que faz a ciência no Brasil um futuro cada vez mais distante para mim. A curse and a blessing.<br />
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Resolvi também começar a trocar cartas com pessoas pelo mundo, quero fazer isso com 5, já tenho 3 candidatos empotencial. Escrever devia ser a única terapia ocupacional dos tempos antigos.<br />
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Ah e comecei a ver Outlander, que série interessante e que sotaaaaaque escocês maravilhoso. Próximo plano de viagem com certeza vai incluir Escócia + Inglaterra + Irlanda.<br />
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Love,<br />
PatriciaPattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-91042069007888397182016-05-27T16:21:00.001-03:002016-05-27T16:21:20.739-03:00All we need is somebody to lean on<br />
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Faz quase um ano que eu não escrevo e eu sempre penso em escrever e as idéias fogem... Eu me sinto hoje uma pessoa bem diferente do eu de junho de 2015, acho que a vida e os acontecimentos naturais dela mudam a gente mais do que podemos imaginar.<br />
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Estava no doc sanduíche, voltei eem setembro de 2015 e um mês depois perdi a minha avó paterna, menos de um ano depois do meu avó paterno ir e eu fiquei esses 6 meses longe e talvez nunca entenda que a distância pode ser boa e devastadora ao mesmo tempo. Demorei muito para me recuperar dessa perda, bem como meu pai que só voltou a sorrir genuinamente esses dias e fazem 6 meses, mais que isso, muito mais. E desde então parece que o sofrimento quebrou alguma coisa dentro de mim, como se eu tivesse perdido o meu "mojo"ou a auto confiança que me fazia a otimista chata quando lidava com o caos econômico e político que é o Brasil de hoje. E eu não acho que as peças da força quebrada vão voltar a se colar naturalmente tão cedo, hoje eu acho que o processo pelo menos começou.<br />
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Tirei férias mentais por minha conta porque desde 2005 eu não tinha um período de férias sem realmente não ter nenhum compromisso e por conta disso atrasei a minha defesa de doutorado que vai acontecer antes das olimpíadas. Uma grande parte de mim que se cobra e que se exauriu emocionalmente nos últimos tempos acha uma loucura, uma irresponsabilidade, uma outra parte está serena e confia que os caminhos tortos levam aos finais inusitados, mas felizes. A verdade é que minha desilusão com o mundo acadêmico e com o ambiente em que me inseri é grande, maior do que eu mesma e me engoliu por um tempo. Como uma menina inocente jogada aos lobos, a gente volta forte de experiências assim e de uma forma muito doida aprende quem são nossos aliados e quem não vai lutar com a gente. Muitas metáforas num texto só, um texto que não é feliz.<br />
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A felicidade eu encontro onde o meu coração vibra, adoro essa expressão, nas conversas e amizades e bares com aqueles que são um doce apenas por existir. Eu me julgava tão forte, mas vejo hoje que são eles a minha força, minha família, meus amigos e eu. Não adianta dar voltas no mundo se eu não tiver um lugar para onde voltar e eu tenho. Essa é a resposta mais curta aos que se admiraram por eu não ter ficado nos EUA ou não querer voltar por enquanto. Pode ser, penso por um átomo de segundo que ainda exista um pouco do meu entusiasmo otimista dentro de mim. Eu fui quebrada, mas não ficou pedaço faltando, posso consertar. Esse texto não é feliz, mas o próximo pode ser.<br />
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Contudo quando alguém me pergunta se eu tenho alguma novidade para contar eu não tenho, tenho mil coisas, segredos meus ou detalhes que deixo aqui no blog de tempos em tempos, não sou de chorar minhas frustrações por ai, porque aos olhos dos outros não são tão grandes assim. E eu sei que não devia me importar com os outros, mas sou um pouco dessas. Estou no meio do vórtex de mudança, no período entre safra, no silêncio que antecede o resultado final o apito do juiz. E quero acreditar que ao invés de gritar eu coloco um bom rock bem alto (rip bowie e prince <3 como="" dan="" e="" espera.="" estivesse="" m="" na="" ningu="" o="" olhando="" p="" se=""><br />
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Fora isso, tem mais 3 cachorros na minha casa, são 6 agora, minha irmã é doida e uma delas me adotou a morena, como um animal pode entender a gente? Não canso de me espantar.<br />
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<br /></3>Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-41316681920068425342015-06-11T04:57:00.000-03:002016-05-27T16:42:18.096-03:00Going down for reaaalDos retalhos de memória (não é para fazer sentido, sou tagarela)<br />
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Tô aqui na terra do Tio Sam e acabei de conversar com o meu housemate (um dos 4) sobre algumas peripécias da vida.. Sobre como eu não era uma straight A's girl na universidade, mas a turista.. Das histórias, do terceiro período onde eu decorei o livro de orgânica e passei na prova final com 9 precisando de 9, perdi a prova de inorgânica que foi no mesmo dia da prova de orgânica, passei em inorgânica mesmo com a prof dizendo que ia me reprovar e sobre sei la como ter feito a prova de termodinâmica. E um outro prof tentou me reprovar também, mas exigi uma prova e ele me passou. Sobre como tinha profs horríveis e poucos bons e o pessoal da coordenação já sabia que vinha problema quando eu aparecia, e como expulsei o aluno da Pattitucci da aula "na vida nem sempre você vai conseguir o que quer"e consegui o impossível de adicionar 2 vagas a mais na turma de bioquímica 2 em poucas horas. E que desde o ensino médio quando eu perdi 4 aulas por causa dos meus sizos eu tirei 2 x 0.75 nas provas (meu pai quase me matou). E falei sobre o Li que me ligava na véspera da prova de fisica para "eu contar para ele toda a matéria que ia cair" e como ele me achou no face recentemente.<br />
Falei para ele também de algumas aventuras, de como quase dormi na rua em Boston e tive 300 euros retidos pelo serviço de bicicleta da cidade de Paris (e quase tive um filho), por alto comentei como esqueci o meu celular carregando no hostel em Berlim e só lembrei já na plataforma do trem e também falei de como perdi o voo de Buenos Aires pro Brasil com a minha irma e a gente teve que pedir dinheiro emprestado porque esqueci o cartao em um caixa eletronico...<br />
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Foram muitas vidas, muitas mais do que eu imaginaria viver. Nem eu sei como me perdi em tantos caminhos e me achei em tantos lugares. Por isso, quando eu ficar triste ou quando eu fraquejar tenho que me lembrar dessas histórias, desses causos, dessas alegrias, dessa força. Eu vivi tanta coisa, o que são os problemas.. o que são os outros? Eu sou um monstro, no melhor sentido possível. E quem me conhece sabe, quem me conhece ri junto.<br />
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PatriciaPattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-10635195455083153892015-02-28T23:46:00.000-03:002015-02-28T23:46:01.918-03:00She's got a ticket to ride<div style="text-align: justify;">
And she don't care...... [Actually she cares too much]</div>
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Oi,</div>
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eu deveria escrever um blog sobre as peripécias e loucuras de ser uma aluna de doutorado e bolsista no Brasil. De como estudar em um dos melhores cursos de pós-graduação do país, com conceito máximo não faz de você garante a você nada e o quanto os alunos estão desamparados. E como isso me revolta! Escrever como a gente é pesquisadora, cientista, secretária, office boy e etc. em um só dia.. Cansa muito. Continuo porque amo essa rotina doida de não ter rotina de fazer sua própria agenda de experimentos e da delícia dos resultados positivos. Ao mesmo tempo não sei se é disso que eu vou viver pro resto da vida. Entrei para a vida acadêmica atraída pela possibilidade de ganhar o mundo, de estudar fora, de ter mais liberdade que em um emprego formal. Estou em conflito agora porque não sinto que meu país valorize meu trabalho ou respalde minhas escolhas.. Isso é tão triste, não muito diferente de quase todas as profissões por ai. <strike>Hoje estou num dia descrente</strike>. Mas não posso estar, me recuso!!!!</div>
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Essa reflexão toda porque eu estou morrendo de tensão/nervosismo/ansiedade/chiliques porque não tenho tempo para fazer tudo o que eu preciso e eu GANHEI UMA BOLSA DE DOUTORADO SANDUICHE NA CALIFORNIA. Escrevi o projeto, corri atrás dos papéis, achei orientador fora, implorei para o meu orientador brasileiro deixar e ganhei a bendita bolsa da FAPERJ. Agência de fomento linda que não está pagando seus alunos, alguns estão com bolsas atrasadas no exterior e eu aqui com a faca e sem o queijo. E por que isso? Porque o Estado do Rio não faz os devidos repasses, pode ser porque o petróleo está em crise? Pode ser porque educação não é prioridade? Pode ser porque vai vir menos dinheiro dos royalties do petróleo? Pode, mas não pode, é inadimissível. Não tem dinheiro não dá bolsa! Não posso dançar ou celebrar ou gritar por ai porque não sei quando essa instituição linda vai depositar meu dinheiro. E esperar é tenso, é muito tenso, especialmente para uma pessoa com ansiedade alta.</div>
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#oremos #maybecalifórnia #sandwich #seiqueaquinãoéotwitter<br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-30273555472637957002015-02-18T16:26:00.000-02:002015-02-18T16:26:01.292-02:00Tempo, tempo, tempo mano velhoAbout last year...<br />
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tenho pensado muito em voltar a escrever aqui vi coisas e senti coisas nesses últimos tempos que me motivaram a querer compartilhar e o farei, mais pra frente. A vida anda tão colorida quanto as purpurinas do carnaval que está passando. E para celebrar 2014 - o ano mais MERDA da minha vida - vou fazer a retrospectiva da memória. Afinal, foi um post só, para vocês sentirem o drama.<br />
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JAN - FEV - Relacionamento falido e trabalho trabalho trabalho..<br />
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MAR - Teve festa de aniversário para o meu primo Thiago e que teve O CARNAVAL, o melhor em muitos anos. Eu e minhas amigas Mari e Fran vendemos sacolé de caipirinha. Um verdadeiro negócio da China, pagou a passagem a cerveja e no mais se a gente não vendesse bebia! Foi marcado por tinta neon, muita muita muita.<br />
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ABR - Não lembro de nadaaaa de abril, teve feriado, mas eu devo ter ficado em casa morgando, uma das top atividades favoritas da minha vida.<br />
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MAI - Aniversário do meu pai, quase Copa já, trabalhando feito louca pra terminar meu artigo, brigando com meu orientador e me inscrevendo no Congresso na Alemanha.<br />
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JUN - Só teve a Copa de Mundo e teve muita Copa meudeus! Foi lindo, eu vi 90% dos jogos, não perdia um Linha de Passe na ESPN. Sou amante de esportes, o futebol sempre foi parte da minha vida.<br />
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JUL - Continuou tendo Copa e festenhas cheeeias de gringos de todas as partes do mundo, conheci Bósnios e Herzegovinos, muuuuitos argentinos (mal comportados, vergoinha deles) e era fácil ver quem era londrino. Quem andaria de blusa social na night carioca, risos eternos.<br />
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AGO - Se resume a uma palavra ALEMANHA. Fui a um Congresso lá e rodei com uma amiga, a Mari ai de cima, foi muito bom! Que país lindo, o povo é meio grosso mas termina as frases sorrindo, como se estivessem tentando ser simpáticos. Eles falam cantando, o Tchuss (Tchau) então... E as cervejaaaas, bebemos mais de 30 cervejas diferentes e poderia ir todo ano pra lá que eu não ia conseguir beber todas (posso sonhar lol). Teve spray de pimenta na cara pela polícia de Frankfurt. Teve igrejas e castelo (Neunschweinstensushus não seu escrever mais). Teve Colônia, Bonn (Beethoven), Munich (Dachau - acho que o melhor passeio da viagem, meu fascínio pela II Guerra é grande, mas eu não tinha idéia da mentalidade por trás de tudo... de como a sociedade contribuiu, de como Hitler mudou as leis para si mesmo, de como o povo denunciava amigos, de como pessoas foram humilhadas, de como houveram atentados, de como existiam pessoas bem piores por tras de Hitler...) e BERLIM. Sobre o lugar que eu mais amei no mundo todo até hoje - Berlim! Adorei me perder, confundir Oranienburguer om Oranienstrasse e cruzar a cidade a toa, adorei a riqueza histórica, foi um banho cultural, adorei a noite e o graffiti de rua, uma paixão antiga, o underground e o velho da cidade foi encantador. Voltarei em breve, tenho muito onde me jogar por lá.<br />
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SET - Bem, vai aí uma crise de ansiedade? Então me senti mal esse mês, pressão? Não sei, só sei que não foi nada legal.. só deu para salvar a Festa Duro (dos amigos).<br />
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OUT - Meu avô querido, definitivamente o meu maior exemplo na vida, faleceu justamente daquilo que eu estudo no laboratório - sepse ou a infecção generalizada. Dose, primeiro enterro, primeira despedida. É um choque na vida, tem que ser. Defendi o qualify e quase morri estudando rs.<br />
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NOV - Foi ontem, mas não me lembro direito também.. acho que foi marcado pela decisão de não dar mais aulas de inglês.. Se eu lembrar completo aqui um dia..<br />
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DEZ - AH meu artigo foi aceito e finalizado (aleluia senhor! é para glorificar de pé! erguei as mãos e dai glória a deus!), rolou muita Angra dos Reis, com o pessoal do lab e com os amigos lindos das Olimpíadas Etílicas, evento onde um grupo seleto de pessoas bebe até cair e quem cair perde. ADORO, meu fígado menos.. lol Ah a zueira.<br />
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Resumo pronto, conciso, enxuto... do ano em que sofri mais do que gostaria, enxuguei o número de amigos e aprendi que o Carpe Diem tem que ser empregado sempre, só estudar, só trabalhar, só se exaurir não vale a pena.<br />
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Sobre 2015... tentarei descrever enquanto as coisas forem acontecendo.Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-77555700956445183452014-02-13T22:48:00.000-02:002014-02-13T22:48:06.902-02:00Just cause you feel it doesn't mean it's there.. there thereE após 3 meses sou me, myself and I de novo. Foi bom enquanto durou, mas todo carnaval tem seu fim. S|2<br />
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u.uPattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-42089460248852763602014-01-02T12:41:00.000-02:002014-01-02T12:42:25.320-02:00Hey now you're a rockstar<div>
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Um balanço do ano de 2013 me mostra como ele foi louco. Começou da forma mais especial que eu podia pedir na vida, em NY com amigos e minha irmã linda. Seguiu entrando na Disney, voltou pro Brasil e pros problemas de uma jovem doutoranda. Começou a dar certo, teve seus desafios, como o ano de uma professora de ingles teria. Depois veio A viagem, porque um congresso na Itália virou um mochilão na Europa e cara, foi uma das melhores coisas que fiz na vida, rodar pela Itália, Paris, Brugge, Amsterdam e lugares no meio do caminho foi demais. Aí em Verona tem a lenda da Julieta, esfregue o seio direito dela e ela vai te trazer um amor. Dito e feito em novembro eu namorando. É muita emoção para um ano só e que maravilhoso apesar dos pesares (amizades em pausa) foi um ano grandioso. :)</div>
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Listinha pra 2014 (porque lista de fim de ano vale, lol)</div>
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# Continuar firme no Muay Thai (projeto verão 2020 lol)</div>
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# Entrar em 1 desses 4 cursos: Alemão, Guia de Turismo, Fotografia</div>
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# Conhecer 2 desses lugares: Cancun, Berlim, Fernando de Noronha, Natal, Londres ou Chile.. </div>
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# APRENDER A DIRIGIR PQP!</div>
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# Sair de casa, apt na Tijuca com minha irmã? ou em Copa?</div>
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Tá bom, ano passado excedi meus pedidos, especialmente pelas viagens.. 2014 vai ser lindo! :D</div>
Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-29376209831341876462013-11-11T23:23:00.001-02:002013-11-17T23:22:10.882-02:00If you have a minute why don't we go?Talk about it somewhere only we know?<br />
This could be the end of everything so,<br />
Why don't we go.. Somewhere only we know.<br />
(Keane)<br />
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E essa semana eu só consigo pensar em como passar a mão no peito esquerdo da Julieta na cidade de Verona na Itália é tiro e queda para o amor. Pode parecer besteira ou bobagem, mas deu certo e comigo isso é tão raro que é ainda mais lindo.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq1ROZN_POkeBhOFovuc_RXz0oMc53LkM8QLQ_gRyLF3IILyf-r08lsnlhvY0zhzmENdEBE3oVmX6lA0g9OZv_IMuoT1-iFQmLdHjTkvAhW3bvz5bkAtLec7WTEilDr7AXeR79lfdz4Q/s1600/justrunwithmethrorowsofspeedingcars.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq1ROZN_POkeBhOFovuc_RXz0oMc53LkM8QLQ_gRyLF3IILyf-r08lsnlhvY0zhzmENdEBE3oVmX6lA0g9OZv_IMuoT1-iFQmLdHjTkvAhW3bvz5bkAtLec7WTEilDr7AXeR79lfdz4Q/s1600/justrunwithmethrorowsofspeedingcars.png" /></a></div>
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Me in love. <!--3-->Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-81593931257942631372013-08-13T00:51:00.002-03:002013-08-13T00:51:46.302-03:00Eu sou neguinha sou neguinhaaa<div style="text-align: justify;">
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Não sei em que ano foi, eu ainda estava no ensino médio, que fiz em uma das melhores escolas da cidade do Rio, apesar de morar em um dos bairros mais pobres, porque eu sempre fui aplicada e pedi aos meus pais para entrar em um cursinho pré-técnico/escola militar quando eu tinha 14 anos, com direito a desenho de quanto eles iam economizar pra vida se me deixassem fazer o curso (cara, eles nunca mais pagaram escola!). Tanto fiz que fiz o cursinho em Madureira, todo dia, sem almoçar, voltando sozinha pra casa de onibus - uma liberdade absurda pro que era minha vida antes (casa > escola > cursinho de ingles > nataçao > casa) e passei para um dos lugares mais importantes da minha vida (Federal de Química, atual IFRJ, eterna Cefeteq). Enfim, voltando, nesse ano, acho que eu estava no meu segundo ano e começaram a falar em cotas raciais... Eu era contra, como toda pessoa que acredita no mérito. Como assim um negro, só pela cor poderia levar vantagem no vestibular? Justo no vestibular? Aquilo que atormenta qualquer estudante do Brasil! Foi então que uma pessoa sentou ao meu lado no metro, e como eu gostaria de saber quem ele era.. Não me lembro do nome, mal me lembro do rosto ou do jeito, mas era bem tranquilo e simpático. Não sou nada falante em transportes públicos, mas ele puxou assunto e me perguntou o que eu achava das cotas... Respondi, talvez mais pela curiosidade de falar e saber mais disso. Respondi com todo o texto formatado que eu sabia e que todos os meus amigos e seus pais e seus amigos falariam e disse que não sabia direito, mas achava que era contra. E quando eu me calei, talvez animado por eu não ter dito não de cara, ele começou a falar, a me indagar se eu achava que o racismo ainda acontecia no Brasil. E não sei em qual momento no meio da conversa uma ficha pesada caiu em cima da minha cabeça. "Meus Deus, será possível ser discriminado/ diminuído/ maltratado/ marginalizado somente pela cor que tenho?" E veio um pensamento ainda mais feio e abominável. "Até um negro rico sofrerá preconceito em algum momento da sua vida e eu com minha pele parda, com minha morenice de sol de praia posso ser discriminada também por ser eu".... Pelo conjunto maravilhoso de genes que fazem de mim o que eu sou. A gente vê o racismo na ponta da língua das pessoas, num comentário de um primo, na visão limitada de uma avó, mas ninguém lembra a gente que a gente pensa dessa forma. Que é isso que os livros de história ensinam, que pensamos assim, que o racismo está na cultura do "negro pobre" e no medo que a gente sente do homem humilde quando ele vem na nossa direção na rua e que pode ser um trabalhador como um homem qualquer. E toda essa comoção não trouxe/traz mais racismo do que o que já existe na nossa sociedade, cota não é sinônimo disso... OK, que é um método paliativo e o ideal era o respeito mútuo pro verde, amarelo ou negro, mas a gente sabe que culturalmente é impossível mudar isso. A pessoa que despertou em mim esse sentimento se despediu dizendo que talvez eu fosse muito nova para perceber como a vida pode ser dura com o outro e que achava que um dia eu ia ser capaz de levar esse pensamento adiante e propagar a reflexão, quando eu perguntei que ele era, descobri que ele era um historiador. Em nenhum momento ele tentou impor sua opinião, ele mal falava do que ele pensava. Só sendo negro para entender o que deve ser subjugado somente pela cor, talvez só assim para entender como deve ser saber que seus antepassados morreram sem motivo algum e foram abusados e explorados pela sua cor de pele. E não tem hipocrisia maior no Brasil do que não ser negro. Somos uma das maiores misturebas do mundo e eu não ia querer ser outra coisa.</div>
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A vida tem dessas coisas, tem desses momentos em que inesperadamente você conhece alguém ou conversa coim alguém e passa a ver o mundo inteiro com outros olhos... Desde então, tento nunca fechar os meus olhos e meus ouvidos às mudanças do mundo e principalmente para apobreza e descaso que faz parte da vida de muita gente, no mundo mas também aqui perto de casa, nas favelas que tem perto de onde eu moro. E eu juro solenemente não virar uma pessoa intransigente e limitada nessa vida e de vez em quando eu tenho que falar isso de novo para não esquecer nunca.</div>
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Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-31157369949392683162013-08-09T23:03:00.002-03:002013-08-09T23:03:43.786-03:00Bola de meia, bola de gude<div>
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Guardo uma caixa, com mensagens, bilhetes, cartões e mais um monte de coisas que lembram os bons momentos que vivi, dos ingressos de todos os shows da vida até boletins e carteirinhas de escola. Sempre me enche de alegria ver as mil demonstrações de carinho, cartões postais, trechos de poemas... E hoje eis que eu acho uma música que a minha turma da 6a série fez. hahahahaha Eu rio só de lembrar de como a vida era feliz naquela época! No meu ensino médio fiz teatro como atividade complementar e recitei um poema escrito pelo professor Eduardo, não sei de que infelizmente. E fui tão feliz nessa empreitada. Acho que se um dia eu deprimir (o que ocorre na normalidade da vida) eu nunca vou tomar nenhum tarja preta enquanto eu tiver esse baú de lembranças. Um canto onde eu tenho todo o carinho do mundo. Todo o carinho de todos os amigos que passaram na minha vida nesses anos. Amor de graça.</div>
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AUGE ÁGIL</div>
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Como um choque que energiza o corpo</div>
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todo, dos pés ao céu da boca.</div>
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Inteiro, suave, elétrico.</div>
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Como o fruto vermelho que se come</div>
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nos contos de fantasia</div>
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e transubstancia,</div>
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transmetamorfoseia,</div>
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o conteúdo da veia</div>
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em mel, riacho,</div>
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nuvens do céu.</div>
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Como um ciclo</div>
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que não faz um círculo</div>
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embora gire, torne, volte</div>
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e desencadeie.</div>
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Eduardo.</div>
Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-16331074411114299412013-07-14T12:36:00.001-03:002013-07-14T12:39:54.198-03:00Don't stop believing Hold on to this feeling Street light people (Glee Cast)<br />
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É muito difícil explicar como seriados tem um impacto na minha vida. Foram eles que me motivaram a fazer um monte de coisas, desde insistir em colocar TV paga aqui em casa, quando eu era uma pirralha, a ir para os EUA para trabalhar em um intercâmbio. Poucas coisas me deram mais confiança do que parar de usar as legendas e entender tudo dos seriados. Pensando bem, minha vida pode ter sido levada como um grande seriado americano, antes era High School (own Glee, Dawson's Creek e Gilmore Girls), depois foi College ( Glee, House), depois ficou gente grande (The Big Bang Theory e HIMYM), mas sempre foi meio aterrorizante (Charmed, Supernatural). Por essas e por outras eu acabo amando ou odiando certos personagens e por esse amor a gente grava cenas e impressões para sempre. Como a primeira vez que o Finn Hudson (Cory Monteith) apareceu cantando no chuveiro em Glee e mais recentemente quando ele bateu no carinha que estava enganando a Rachel. Foram 4 anos torcendo por esse casal FinChel, shipping hard e hoje o dia ficou bem mais sem graça quando eu soube que ele morreu. AH a maldição do domingo de manhã, dos mamonas a tantos outros... Uma pena, uma perda, uma dorzinha no peito. E pobre Rachel Berry, Lea Michele na vida real, sua noiva... Eles se casariam em 2 semanas (!!!), não consigo imaginar a dor dessa atriz meio chatinha e de voz absurda que eu adoro. RIP CM/FH. Ai, me pergunto se vai ser possível continuar acompanhando Glee... Vão arrumar um amor para salvar a Rachel da dor? Vão mandar o Finn para a China? Vão matar o Finn? TODAS as opções são tristes demais.</div>
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E sim, loser me por postar sobre isso. Flush me.<br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-64721510269653151192013-07-04T01:28:00.003-03:002013-07-04T01:31:31.792-03:00States don't mean a thing if you don't regret them <div style="text-align: justify;">
so pack your tac tic toes for the winter <i>(The greatest view - Silverchair)</i></div>
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E daí que a menina se pega fazendo contas e fazendo de conta que o tempo não passou tão rápido. Afinal, ontem ela era uma menina feliz por ter comprado o seu segundo CD de verdade, de uma banda de um loirinho lindo e grunge. Uma menina que sabia que seu mundo mudava, mas que ainda não queria mudar tudo. Uma menina que abria os olhos para um mundo novo e mal sabia o que o ano de 2002 lhe reservaria. Uma menina que ouvia Miss You Love e só conseguia pensar no glitter na sombra do loirinho lindo e grunge, Daniel Johns (na época namorado da Natalie Imbruglia de Torn e figurinha fácil da Capricho que a menina assinava). Uma menina que via Malhação e que colecionava boas músicas de lá, tipo essa e uma tal de Scar Tissue. Uma menina que queria ter ido no dia 21 do Rock in Rio um ano antes (para também ter com o Anthony Kieds do Red Hot Chili Peppers ao vivo), mas foi ver a Britney Spears. Uma menina que dormia ouvindo Diorama do Silverchair ou Californication/By the way do Red Hot Chili Peppers e sonhava com os mil sonhos que viria a realizar. </div>
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Hoje ela, no nervosismo da vida, tenta recuperar essa menina feliz dentro de si e resolve dormir ouvindo Diorama novamente. E por todos esses anos ela se pergunta quando a música deu lugar ao silêncio se eles nunca sairam de sua playlist. Onde foi que a menina parou de ouvir? E por todos esses anos ela ainda se arrepia com os primeiros acordes daquelas músicas, porque elas fazem parte dela também, dos sonhos que ela teve e tem.</div>
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Tempo, tempo, tempo, tempo.... Por que ela não pode voltar? Por que ninguém pode voltar? Se eu pudesse escolher com o que sonhar essa noite voltava.</div>
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-74302651844173886672013-06-17T00:33:00.000-03:002013-06-17T00:39:17.719-03:00Você precisa de alguém que te dê segurança<br />
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Meu coração está pesado. Estranho estar cheio de alguma coisa que é uma idéia e não se é real. Eu nunca soube muito bem onde é a linha entre a amizade e o amor, quando é melhor esquecer. Acho que não sei parar. Não sei aceitar e parar de tentar fazer alguma coisa que funciona muito bem como amizade virar algo mais.. Eu sei que essa sou eu tentando colocar o que não se explica em caixinhas... Ou tentando entender como algo que parece tão "meant to be" fica só no ar. Sufoca-me às vezes e me deixa triste do nada. Outro dia escrevi na to-do-list do celular "Parar de entristecer à toa". Mas eu não consigo. Eu entristeço. E<br />
se eu recebo um abraço e um cafuné então, me mata...<br />
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<br />Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7265050964134073492.post-1208496537400008462013-05-22T00:28:00.001-03:002013-05-22T00:28:34.505-03:00Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante e a primeira vez é a última chance<br />
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Às vezes sinto-me a antítese em pessoa, das manhãs bem disposta e feliz ao fim de noite me arrastando pelos cômodos da casa. Um dia riram quando eu disse que tinha o espírito loser em mim. Eu não falava de perdedor, porque isso eu sei que não sou, eu comentava da solidão. Posso ser o ser mais animado e o mais preguiçoso do universo em um intervalo de horas. E amo e odeio, uso e jogo fora de um tudo em minutos. Vou analisar e se me der a menor dor de cabeça eu deixo num canto, só se salva o que faz o meu coração vibrar. Não é nem bater, era para ser mais do que isso. Eu gostaria de saber extravasar isso e passar todo o meu sentimento através das palavras que digo, mensagens que envio, emails que respondo... Queria me conectar por uma rede invisível aos corações que me contem e saber qual a força do sentimento. Em uma tentativa vã de medir a pura utilidade do que se passa pro futuro mal desenhado que tenho a minha frente. Sou um ser imperfeito. E sou uma amante car... capenga. Tenho sérios problemas em acreditar nos elogios, não compro fácil as palavras, não entendo sentimentos e nem seguro petecas... Idade emocional de uma velhinha e um medo de uma criancinha. Ações me deixariam mais feliz... Ajo por impulso e abuso do que menos gosto em mim, um pouco do meu orgulho idiota por saber de tudo demais quando não é importante, quando ninguém se importa. Àquele que em algum momento me convenceu que palavras, textos e quietude era melhor que gritos, agarrões e lágrimas, um brinde.</div>
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Estou bem, não estou sofrendo de amor. Na verdade procuro um amor. Não sei se encontrei um amor. A cara da amizade do amor me assusta e muito. </div>
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beijo*</div>
Pattinhahttp://www.blogger.com/profile/03068676377955396890noreply@blogger.com0