quinta-feira, 11 de junho de 2015

Going down for reaaal

Dos retalhos de memória (não é para fazer sentido, sou tagarela)

Tô aqui na terra do Tio Sam e acabei de conversar com o meu housemate (um dos 4) sobre algumas peripécias da vida.. Sobre como eu não era uma straight A's girl na universidade, mas a turista.. Das histórias, do terceiro período onde eu decorei o livro de orgânica e passei na prova final com 9 precisando de 9, perdi a prova de inorgânica que foi no mesmo dia da prova de orgânica, passei em inorgânica mesmo com a prof dizendo que ia me reprovar e sobre sei la como ter feito a prova de termodinâmica. E um outro prof tentou me reprovar também, mas exigi uma prova e ele me passou. Sobre como tinha profs horríveis e poucos bons e o pessoal da coordenação já sabia que vinha problema quando eu aparecia, e como expulsei o aluno da Pattitucci da aula "na vida nem sempre você vai conseguir o que quer"e consegui o impossível de adicionar 2 vagas a mais na turma de bioquímica 2 em poucas horas. E que desde o ensino médio quando eu perdi 4 aulas por causa dos meus sizos eu tirei 2 x 0.75 nas provas (meu pai quase me matou). E falei sobre o Li que me ligava na véspera da prova de fisica para "eu contar para ele toda a matéria que ia cair" e como ele me achou no face recentemente.
Falei para ele também de algumas aventuras, de como quase dormi na rua em Boston e tive 300 euros retidos pelo serviço de bicicleta da cidade de Paris (e quase tive um filho), por alto comentei como esqueci o meu celular carregando no hostel em Berlim e só lembrei já na plataforma do trem e também falei de como perdi o voo de Buenos Aires pro Brasil com a minha irma e a gente teve que pedir dinheiro emprestado porque esqueci o cartao em um caixa eletronico...

Foram muitas vidas,  muitas mais do que eu imaginaria viver. Nem eu sei como me perdi em tantos caminhos e me achei em tantos lugares. Por isso, quando eu ficar triste ou quando eu fraquejar tenho que me lembrar dessas histórias, desses causos, dessas alegrias, dessa força. Eu vivi tanta coisa, o que são os problemas.. o que são os outros? Eu sou um monstro, no melhor sentido possível. E quem me conhece sabe, quem me conhece ri junto.

Patricia

sábado, 28 de fevereiro de 2015

She's got a ticket to ride

And she don't care...... [Actually she cares too much]


Oi,

eu deveria escrever um blog sobre as peripécias e loucuras de ser uma aluna de doutorado e bolsista no Brasil. De como estudar em um dos melhores cursos de pós-graduação do país, com conceito máximo não faz de você garante a você nada e o quanto os alunos estão desamparados. E como isso me revolta! Escrever como a gente é pesquisadora, cientista, secretária, office boy e etc. em um só dia.. Cansa muito. Continuo porque amo essa rotina doida de não ter rotina de fazer sua própria agenda de experimentos e da delícia dos resultados positivos. Ao mesmo tempo não sei se é disso que eu vou viver pro resto da vida. Entrei para a vida acadêmica atraída pela possibilidade de ganhar o mundo, de estudar fora, de ter mais liberdade que em um emprego formal. Estou em conflito agora porque não sinto que meu país valorize meu trabalho ou respalde minhas escolhas.. Isso é tão triste, não muito diferente de quase todas as profissões por ai. Hoje estou num dia descrente. Mas não posso estar, me recuso!!!!

Essa reflexão toda porque eu estou morrendo de tensão/nervosismo/ansiedade/chiliques porque não tenho tempo para fazer tudo o que eu preciso e eu GANHEI UMA BOLSA DE DOUTORADO SANDUICHE NA CALIFORNIA. Escrevi o projeto, corri atrás dos papéis, achei orientador fora, implorei para o meu orientador brasileiro deixar e ganhei a bendita bolsa da FAPERJ. Agência de fomento linda que não está pagando seus alunos, alguns estão com bolsas atrasadas no exterior e eu aqui com a faca e sem o queijo. E por que isso? Porque o Estado do Rio não faz os devidos repasses, pode ser porque o petróleo está em crise? Pode ser porque educação não é prioridade? Pode ser porque vai vir menos dinheiro dos royalties do petróleo? Pode, mas não pode, é inadimissível. Não tem dinheiro não dá bolsa! Não posso dançar ou celebrar ou gritar por ai porque não sei quando essa instituição linda vai depositar meu dinheiro. E esperar é tenso, é muito tenso, especialmente para uma pessoa com ansiedade alta.

#oremos #maybecalifórnia #sandwich #seiqueaquinãoéotwitter


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Tempo, tempo, tempo mano velho

About last year...


tenho pensado muito em voltar a escrever aqui vi coisas e senti coisas nesses últimos tempos que me motivaram a querer compartilhar e o farei, mais pra frente. A vida anda tão colorida quanto as purpurinas do carnaval que está passando. E para celebrar 2014 - o ano mais MERDA da minha vida - vou fazer a retrospectiva da memória. Afinal, foi um post só, para vocês sentirem o drama.


JAN - FEV - Relacionamento falido e trabalho trabalho trabalho..

MAR - Teve festa de aniversário para o meu primo Thiago e que teve O CARNAVAL, o melhor em muitos anos. Eu e minhas amigas Mari e Fran vendemos sacolé de caipirinha. Um verdadeiro negócio da China, pagou a passagem a cerveja e no mais se a gente não vendesse bebia! Foi marcado por tinta neon, muita muita muita.

ABR - Não lembro de nadaaaa de abril, teve feriado, mas eu devo ter ficado em casa morgando, uma das top atividades favoritas da minha vida.

MAI - Aniversário do meu pai, quase Copa já, trabalhando feito louca pra terminar meu artigo, brigando com meu orientador e me inscrevendo no Congresso na Alemanha.

JUN - Só teve a Copa de Mundo e teve muita Copa meudeus! Foi lindo, eu vi 90% dos jogos, não perdia um Linha de Passe na ESPN. Sou amante de esportes, o futebol sempre foi parte da minha vida.

JUL - Continuou tendo Copa e festenhas cheeeias de gringos de todas as partes do mundo, conheci Bósnios e Herzegovinos, muuuuitos argentinos (mal comportados, vergoinha deles) e era fácil ver quem era londrino. Quem andaria de blusa social na night carioca, risos eternos.

AGO - Se resume a uma palavra ALEMANHA. Fui a um Congresso lá e rodei com uma amiga, a Mari ai de cima, foi muito bom! Que país lindo, o povo é meio grosso mas termina as frases sorrindo, como se estivessem tentando ser simpáticos. Eles falam cantando, o Tchuss (Tchau) então... E as cervejaaaas, bebemos mais de 30 cervejas diferentes e poderia ir todo ano pra lá que eu não ia conseguir beber todas (posso sonhar lol). Teve spray de pimenta na cara pela polícia de Frankfurt. Teve igrejas e castelo (Neunschweinstensushus não seu escrever mais). Teve Colônia, Bonn (Beethoven), Munich (Dachau - acho que o melhor passeio da viagem, meu fascínio pela II Guerra é grande, mas eu não tinha idéia da mentalidade por trás de tudo... de como a sociedade contribuiu, de como Hitler mudou as leis para si mesmo, de como o povo denunciava amigos, de como pessoas foram humilhadas, de como houveram atentados, de como existiam pessoas bem piores por tras de Hitler...) e BERLIM. Sobre o lugar que eu mais amei no mundo todo até hoje - Berlim! Adorei me perder, confundir Oranienburguer om Oranienstrasse e cruzar a cidade a toa, adorei a riqueza histórica, foi um banho cultural, adorei a noite e o graffiti de rua, uma paixão antiga, o underground e o velho da cidade foi encantador. Voltarei em breve, tenho muito onde me jogar por lá.

SET - Bem, vai aí uma crise de ansiedade? Então me senti mal esse mês, pressão? Não sei, só sei que não foi nada legal.. só deu para salvar a Festa Duro (dos amigos).

OUT - Meu avô querido, definitivamente o meu maior exemplo na vida, faleceu justamente daquilo que eu estudo no laboratório - sepse ou a infecção generalizada. Dose, primeiro enterro, primeira despedida. É um choque na vida, tem que ser. Defendi o qualify e quase morri estudando rs.

NOV - Foi ontem, mas não me lembro direito também.. acho que foi marcado pela decisão de não dar mais aulas de inglês.. Se eu lembrar completo aqui um dia..

DEZ - AH meu artigo foi aceito e finalizado (aleluia senhor! é para glorificar de pé! erguei as mãos e dai glória a deus!), rolou muita Angra dos Reis, com o pessoal do lab e com os amigos lindos das Olimpíadas Etílicas, evento onde um grupo seleto de pessoas bebe até cair e quem cair perde. ADORO, meu fígado menos.. lol Ah a zueira.

Resumo pronto, conciso, enxuto... do ano em que sofri mais do que gostaria, enxuguei o número de amigos e aprendi que o Carpe Diem tem que ser empregado sempre, só estudar, só trabalhar, só se exaurir não vale a pena.

Sobre 2015... tentarei descrever enquanto as coisas forem acontecendo.

 
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