domingo, 15 de maio de 2022

dthang kit dthang fan - cada caminho um sonho diferente

 O curioso caso da pessoa que quer escrever uma coisa, mas não cabe no Twitter ou no Instagram e está aqui. O bom filho sempre a casa torna? Eu não sei, só sei que estive aqui há 1 ano atrás exatamente e que isso é muito louco. Como anda a vida? Para variar boa, posdoc fluindo, aulas mil, reencontrando os amigos, ansiosa, manca, anêmica, capenga, mas sorridente e viciada em doramas tailandeses onde homens se pegam. Me recuperando de um amor que deu quase certo. Celular, RioCard e óculos perdidos na mesma semana. Com 3 sobrinhos agora, sendo que Luiza nasceu no mesmo dia que minha mãe fez uma cirurgia para retirar uma massa do intestino, benigna. Talvez isso explique as coisas perdidas e a tensão que ainda não baixou e a pele malcuidada. Bem, mas não foi isso que vim escrever aqui.

Hoje encontrei meu melhor amigo, sou sua madrinha de casamento e companhia inseparável há mais de 25 anos. E ele me disse que apanhou por ser gay na escola, na nossa escola!!! E de pessoas que estudavam com a gente!!! Meninos que ok, não eram meus amigos e nesse último ano a gente não era da mesma turma, mas que eram populares no colégio de freira que a gente estudava. Que dor, que vontade de dar um soco neles. Se cruzarem o meu caminho vão levar uma dura, um tapa, um cuspe, um sermão, uma encarada... Talvez. O mundo é bão Sebastião, mas nem sempre. Tem dias que ele é essa merda aí toda que nem terapia cura, que nos leva às lágrimas. E lembrando da nossa escola pensamos em escrever um livro contando como nossa infância foi fudida, como ele apanhou e foi maltratado pelos colegas, uma amiga teve sua virgindade tema de aposta pelos amigos da irmã de outra amiga nossa, uma amiga pegou o namorado com outra menina da escola e foi atropelada ao sair correndo (ficou bem, mas o surto), outra engravidou e foi hostilizada pela freira alemã, as malditas flores no dia do aniversário de 15 anos como ritual, bullying, a professora contando pro pai da sexualidade de outra amiga e ela sendo expulsa de casa, blog com senha contando segredos, amiga tomando remédio para emagrecer da mãe e me ligando querendo pular da janela, filho de professor que assediava as colegas, professor que assediava alunas, saias 3 dedos abaixo do joelho, uma menina que se suicidou com a arma do pai... e por ai vai, eu fofa sempre vivendo na minha cabeça, mas eu sei disso tudo. Para onde vão as coisas dentro da nossa mente? Em que caixas guardamos nossas dores e esses absurdos? A gente tinha 14~16 anos! Hoje eu abri algumas caixas e criei mais uma. Um colégio de freiras franciscanas. "Como não fazer terapia?" "Como a gente sobreviveu?" "A gente era demais." "Eu te amo, amigo." Mudamos de escola no Ensino Médio e a realidade foi outra, uma das melhores decisões que tomei, que tomamos. Eu olho esses seriados.. Elite, Glee, sei lá, essas séries de escola e penso cara, isso não é nada perto do que foi a nossa escola. Como eu pude esquecer disso?

Em tempo, há alguns anos atrás eu fiz um curso/tirei uma certificação de ensino em língua inglesa e fui MTO participativa, porque me senti confortável e porque como venho da área acadêmica, o curso era muito fácil para mim, mesmo que se equipare com mestrado em letras. Eu sempre tinha uma pergunta para fazer, e o prof/coordenador começou a fazer "Patricia, shhh, listen!" antes mesmo de eu começar a falar ou ao que eu levantasse minha mão para fazer uma pergunta. Eu, como boa atentada comecei a contar as vezes que ele fazia isso, e isso virou a alegria da minha turma. Um tempo depois, esse coordenador, hoje meu amigo, veio me pedir desculpas, dizendo que achava que eu era A, mas que na verdade eu era uma fofa. Eu fiquei tão sem graça. Eu contei isso para o meu amigo hoje e a reação dele foi a que espero dos meus, um belo "Pfffffff'". As minhas reações favoritas são a dele, a de Paula Jannuzzi "AAAAAAAHHHAHAHAHAHAH" e a de Fernanda Gouvea "ué, mas você é fofa Pati, nem sempre, mas é." Eu amo os meus amigos. 


Daqui a um ano eu volto.



sexta-feira, 14 de maio de 2021

O mar serenou quando ela pisou na areia

 Quem samba na beira do mar é sereia - Clara Nunes


Ah o tempo não podia estar mais diferente. Frio, chove, quase 23:48 horas de uma sexta que na verdade é quinta esquisita. Dei aula, fui ao lab cuidas das minhas linhagens de células, fui ao dentista e casa. Almocei no Popeye's e senti falta do pãozinho do sul dos EUA, e a única coisa que se salvou foi o frango super apimentado. Peguei 2 ubers no dia, poderia ter sido só 1, mas falhei, e vim falando mal do governo com 1 deles, muito melhor do que discutir o trânsito. Sigo sem wifi porque a Vivo fibra consegue ser ótima e uma porcaria ao mesmo tempo. Comi o prato que está no top 3 das comidas de isolamemto e pandemia com apenas 5 ingredientes - sal, azeite, batata, cebola e salmão - com uma Coca quente apesar de ter ficado na geladeira. Troquei mensagens com os amigos porque descobri que 'stan  somebody' é um verbo baseado na música da Dido e do Eminem, mandei pra eles a foto da tacinha de vinho, dancei e quebrei a taça, mandei "aqui jaz taça de vinho segunda de seu nome", decidi comprar outra e resistir ao anúncio de um lenço. Primeiro lenço que acho bonito na vida, mas resolvi esperar o cartão virar, naquela tentiva de montar a minha reserva de emergência. Parei e pensei por 5 segundos que faltam quase 3 meses para fazer 35 anos e que devo me preocupar com o rumo que a minha vida não está tomando. Lembrei da pandemia, que sigo meio vacinada 1 dose coronavac e que não me chamo Valéria como o centro de vacinação insiste em me chamar nos emails. Pensei também em twittar algo sobre isso ou o Gil do Vigor que amo, mas desisti porque uma pesquisadora da UFRJ começou a me seguir e bem, também sou uma pesquisadora, então dei RT na pesquisa datafolha com o Lula na frente ou algo do tipo. Depois, fui ver seriados no 5G do celular, mentira 4G. Doramas japoneses fofos e irreais são o meu escape. Como dormi apenas 3 horas noite passada por pura - pausa porque fechei essa janela e ufa o texto ficou salvo - falta de inteligência da minha parte, pensei em deitar mais cedo, ah a quebra da taça entra aqui na verdade, vinba pensando desde cedo em dormir mais cedo. E agora eu to deitada tentando me lembrar de algo que eu tinha que fazer, um site que eu tinha que olhar e que não anotei mesmo tendo notion, google agenda e planner semanal que não preenchi esse domingo. Agora há pouco passando raiva no twitter pensei que também tinha algo que eu queria dizer, mas não queria expor, e me pareceu uma boa idéia que agora é ideia vir aqui. Afinal, sigo sobrevivendo. Parabéns para mim e para nós.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Rain on me

Tinha pandemia no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pandemia.


Uma parte de mim dá pulinhos por ter visto tanta coisa acontecer de tsunami a um vírus mortal espalhado pelo mundo. Uma parte minha está revoltada com política e as pessoas e a violência policial. Uma outra parte dorme o sono dos cansados em meio a tanta aula online, especialmente quando eu sou a professora. São muitas partes.

Aulas para dar, provas para corrigir, artigo para revisar, artigo para escrever, sangue para aliquotar, compras para lavar, ape para procurar, experimento para fazer, projeto para escrever - uma loucura só.

2020 o ano que nem começou, que não existe, será que vou conseguir colher algum fruto em você? Será que vou conseguir olhar pro futuro sem nenhuma tremidinha de medo?
Não sei responder, mas sigo né.

Sigo em contato com muita gente linda, sigo crescendo e amadurecendo e mudando, sigo feliz pelas pessoas que mandaram uma palavra de carinho comigo nessa pandemia, sigo com fogo nos olhos e ao mesmo tempo sigo em paz comigo mesma.

Que tempos difíceis, de abraçar os nossos, de gritar contra injustiças, de nos educar e não nos dobrar frente ao absurdo.

Vai passar.
Vou poder ver meus pais de novo (que estão isolados em outra cidade.
Vou poder abraçar meu sobrinho (que me ignora demaaaais nas videocall) e minha irmã que não se contem ao me ver.
Vou poder tomar um banho de mar e deitar na areia.
Vou pipetar que saudade de cheirinho de lab.
Vou beber uma cerveja no bar mais chinfrin que encontrar com os amigos.
Vou rir e sorrir e nunca vou esquecer.


💙




segunda-feira, 23 de setembro de 2019

So scared of getting older

I'm only good at being young - John Mayer


Vira e mexe (comecei meu ultimo posta da msm maneira e só vi agora que já postei - chocada) eu lembro desse blog aqui e de como eu sinto saudades de escrever mais, de ter tempo para escrever mais, e dessa vida que passou e passa tão rápido.
Fiquei um tempão pensando em que título de música eu ia dar para esse post, fui ver o ano de início do blog "gente, 11 anos, tenho que usar uma música atual." "qual que eu coloco?" "bem, domingo tem Rock in Rio, alguma que eu vou ouvir lá, mas qual, Iris?" "Não, de novo não dá..." E sigo ainda sem saber o que colocar, daqui a pouco a ideia vem.

Provavelmente esse vai ser aqui post do ano, para eu contar o que mudou desde março do ano passado. Lá, eu estava dando aula, feliz, mas sobrecarregada. E sentindo que alguma coisa estava fora do lugar profissionalmente. Ah, mas se não está é pq vc está na balela da zona de conforto. Vou chamar de balela porque, não é simples assim, não é tão errado assim, e prefiro dizer que o que vc deve fazer é se desafiar e caminhar em direção a sua zona de desenvolvimento proximal - em algum momento esse blog ia ficar acadêmico, msm que essa parte venha da educação e não das ciências. O que me faltava era um lugar para exercer ciência, um laboratório, um projeto, um protocolo. Desde agosto do ano passado entrei em um novo lab e nesse segundo semestre, num mundo onde as bolsas estão acabando (por conta desse desgoverno), comecei um pos doutorado. Estou amando, nada como sair de um lab tóxico e ir para um lugar onde seu trabalho e seu conhecimento são valorizados. Nada como  seu chamada de profa e ser mesmo, de poder tomar decisões. Continuo dando aula, na facul e no inglês. E de viagem fui ao Chile - Atacama e realizei o sonho de ir ao Salar. A Bolívia é mais bonita que o Chile e menos bonita que o Peru, mas todos bonitos. Meu sobrinho nasceu, Lucas e bem, sigo não querendo ter filhos. Não sei se já comentei isso aqui, sou muito egoísta talvez? Quero adotar uma criança no futuro, ou duas.

Fiz 33 anos e entendo perfeitamente quem tem uma crise existencial nessa idade. Parece que não há mais juventude, um dia vou rir ao ler isso eu sei. Mas é como se 32 ou 31 sejam perto de 20.... e 33 tá para 35, para bom conhecedor de algarismos significativos. Daqui em diante só a velhice.......... só o crescimento Patricia, crescimento, pronto a música do título finalmente vem a mente. E amo os meus alunos dizendo que tenho 25 e essa acne que veio como se meu corpo vestisse também a síndrome de Peter Pan, mas vai passar. Crescerei, amadurecerei. O pragmatismo vence. Sempre tive uma coisa dentro de mim, uma certeza de que tudo ia dar certo, um vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, um sensação de que se eu parasse um segundo ia estar perdendo uma eternidade. Vivi sempre assim no 220V. E achei que com os anos isso ia diminuir, o bichinho ia dormir, minha raposa de 9 caudas ia ficar quieta, mas não, essa sou eu, não sei ser de outro jeito. Olho hj para trás e vejo o tanto que eu fiz e sorrio largo. Olho nos olhos dos meus amigos, quase todos insatisfeitos com o rumo de suas vidas. Muitos no psicólogo, psiquiatra, coach... essa realidade me surpreende, não por não julgar necessário, mas por ver que aos 30 e poucos, poucos são aquilo que queriam ser, muitos estão perdidos. A vida adulta me trouxe uma consciencia muito forte do meu papel e da minha posição no mundo, não me calo, dizem que um dia eu vou apanhar na rua. Acho que se dissessem isso para meu eu de 16 anos ela não ia acreditar. Sinto que estou onde deveria estar e sinto tb que tenho decisões a tomar. Para onde vou de agora e diante? Viveu a vida como quis, seguiu vivendo. Sabia que não ia ser farmacêutica de profissão - dai o farmaceutiquinha, é professora. Fez td, ta no pós doc e agora vai ou fica? Ai, vai atrás da tal estabilidade financeira, esse treco que tem cara de monstro do pântano, e vida pacata. Isso não tem a minha cara. De resto, tudo bem, amigos são menos, mas bem, Dudu casou, muita gente saindo do Brasil e eu ainda sem essa vontade...  Acho que nos meus 28 anos quando eu fui pro doc eu tinha uma mínima vontade, hoje eu não sei se topo largar tudo e começar do zero em outro país... meu eu de 34 anos volta aqui para continuar essa conversa adulta. (Maurilio se chegar ate aqui e ler, o café ainda tá nas pendências de 2018).

E além disso comecei uma coisa que deveria ter começado HÁ MUITO TEMPO, estou estudando japonês e um pouco talvez muito viciada em doramas japoneses. Continuo com implicância em relação aquilo que não consigo entender... Estou fazendo o curso via Skype, e só consigo pensar em como eu não fiz isso antes! AMO. E pensando aqui em como eu vou pro Japão, queria passar 1 semestre lá, talvez vá 1 mês e volte.. não sei, pos doc internacional? Talvez, o que não vai rolar é turismo de 1 semana, me recuso $$$$ Enfim, uma pequena vitória. Chinês depois? Talvez. Muitos talvez.............. em um texto só. Muitas vidas em uma só.

Um grande texto, meio doido, bagunçado, da vida é muito curta para... 11 anos. 22 anos. 33 anos. Qualquer outra combinação não ia ser tão interessante! Que eu continue forte em meio a tempestade que vivemos, que eu continue cultivando bons amigos, que eu continue tendo muitas historias para contar.
Volto num post drops qualquer hora, contando como quase botei fogo num prédio em Santiago, como perdi e recuperei meu celular pela n-ésima vez, como enfrentei nevasca e tempestade de areia no deserto, como parti meu coração de novo, como ainda é bom ler livros, como meus alunos me chamam de buda por ser tão calma, como preciso voltar para a academia, e etc etc etc.

Um beijo.


sábado, 10 de março de 2018

It's times like these you learn to live again

Olar,

vira e mexe eu penso nesse bloguinho e nas coisas que eu escreveria se tivesse mais tempo, se ainda usasse computador para acessar a internet (porque hoje em dia só no celular). Então vou atualizar a minha vida aqui brevemente... Defendi o doutorado, virei colaboradora do meu laboratório e comecei a dar aula em uma faculdade na minha área - esse é o resumo da parte 1 da minha vida. Voltei a dar aulas de inglês, estou trabalhando na Cultura Inglesa (amo), fiz o teste de proficiência e passei com A e estou fazendo um curso para dar aula para não falantes internacionalmente - esse é o resumo da parte 2 da minha vida. As demais partes continuam morgando, ansiosas, preguiçosas, desajeitadas e viajantes (fui a Machu Picchu bem mochileirinha bebedora de chá de coca ano passado) como sempre. :D


Na aula do Trinity (curso da parte 2) o professor pediu para escrevermos algo fora do normal que fizemos.. escrevi que sabia falar espanhol porque nada veio a minha mente... resolvi listar aqui o que lembrei durante o dia rindo, afinal o objetivo desse blog é não esquecer das coisas.

<3 nbsp="" p="">- Quebrei 2 dentes da frente e uso uns de porcelana
- Faço oficina de perna de pau e quebrei o braço ano passado
- Quase dormi na rua em Boston e um brasileiro nos salvou
- Levei spray de pimenta na cara assim que cheguei em Frankfurt
- Comi e não paguei em um restaurante na Italia
- O sistema de bicicletas de Paris bloqueou 300 euros da minha conta e fiquei sem dinheiro por 4 dias
- O vagão de metro em que eu estava foi evacuado por ameaça de ataque bomba
- Já nos perdemos em uma trilha em Ilha Grande e andamos por 4h sem luz para voltar pra trilha
- Perdi o vôo e tive que pedir dinheiro emprestado para passar a noite na Argentina


Se eu lembrar de mais volto aqui ;p
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sábado, 14 de janeiro de 2017

I'm a mother fucking starboy



E eis que vem chegando o verão, um calor no coração, essa magia colorida e 2017! Anos ímpares nas disparidades da vida sempre são mais positivos para mim. E esse ano começou mais tranquilo e menos corrido do que o ano anterior. Finalmente, posso dizer que vou terminar meu doutorado, defendi minha prévia dia 10/01 e surpreendentemente (sarcasm mode on) foi tranquilo, só o meu chefe achou que não seria! Como eu sei que estou no lugar errado...

Além disso, o ano veio trazendo empreguinhos lindíneos, vou voltar a dar aulas no curso de um amigo e na Cultura Inglesa (muita emoção, porque é uma das melhores empresas por aqui). Estou muito feliz e esse é o começo rumo aos concursos de professora pra Doutora aqui. Que seja apenas a retomada do caminho.

Decidi esse ano fazer um bullet journal, handmade. Isso pode ser um sério problema para virginianos, ter que fazer coisas a mão e sem errar, sem apagar, sem entortar... temos esse problema. Vou treinar no aperfeiçoamento da vida a capacidade de aceitar o erro. Isso é tão difícil para mim.

Em 2017 vale usar aquela frase batida de que vamos ser uma versão melhor de nós mesmos, tá liberado achar que vai dar tudo certo, ainda é janeiro bora botar umas metas no papel. Vai que elas acontecem? Vai que vem Chile, Londres ou sei lá romance? Vamos sonhar mais um pouquinho porque o ano velho foi level hard e merecemos umas poções revive e uns cheats.

Boas vibrações para este novo ano que se inicia.
Se pá, me achem no instagram @beutybeepop <3 p="">
Love,

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

E as olimpíadas hein?


Achei que seria o caos, lembro até de ter dito que seria assim para meus amigos fora do país, todos alarmados com a Zika, a crise, o golpe, a água suja e o monte de coisas que podiam dar errado. E as coisas não deram errado, na verdade foi um modesto sucesso e eu curti muito. Vou contar uns causos internacionais.

1. Mil gols (5x), só o Pelé, só o Pelé, Maradona cheirador
Os argentinos em bandos tomaram conta da cidade e dos jogos e zuá-los fez parte diária da brincadeira. Eu sempre faço amizade com eles, e depois que eliminaram o Brasil no basquete fiquei cantando isso ai para todos os que eu via (o alcool ajudou na coragem e no espanhol) e eles riam (eu também chamava eles de incompetentes um pouquinho, porque tinham que ganhar da Espanha para nos salvar, mas perderam).

2. Conexão Brasil - França (ou se o mundo fosse justo eu teria essa pessoa por perto)
Um amigo francês que fiz no carnaval e que estava morando em SP veio ao Rio e me acompanhou nos museus e em Santa Teresa no finzinho das Olimpíadas. Ele ficou maravilhado com as mudanças no porto da cidade e com o carioquês. É tão interessante ver uma pessoa de fora, que vive em SP, ter um carinho enorme pelo Rio.

3. Essa é a mistura do Brasil com o Egito
Tenho um amigo egípcio que fiz na Califa ano passado e com as Olimpíadas ele decidiu que vem ao Brasil ano que vem, vai vir pro Rio no Carnaval 2017. Isso mostra de certa forma o alcance das olimpíadas por aí, como o Rio ficou exposto e eu nem acredito que as coisas não desandaram.

4. Felicitaciones desde Espanha
Há 5 anos fui a Buenos Aires com a minha irmã e uma amiga e lá ficamos em um hostel (Hostel Suites Florida, muito bom) em um quarto misto com um espanhol - Mikel - que trabalhava em uma fazenda no interior da Espanha. Na época tiramos umas fotos e trocamos emails. Hoje vi que ele mandou um email semana passada nos felicitando pelas Olimpíadas. Fiquei de cara, a gente inserido no meio de tudo esquece como realmente tem gente em muitas partes do mundo vendo os jogos. Até estive em algumas partidas de basquete da Espanha, nunca ia imaginar falar com ele de novo.

:)

 
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